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O tarot, para que serve:
Infelizmente ainda não criamos na terra nenhuma tecnologia que nos dê acesso direto ao futuro, nem que adivinhe o que vai acontecer com você. O Tarot NÃO PREDIZ o futuro; o segredo é que ele não foi criado para isso, nem é utilizado para isso por quem entende algo sobre Tarot.
À despeito de picaretagens e gente maluquinha que oferece leituras de Tarot na internet (e sim, é a maioria), o Tarot pode auxiliar muito na vida das pessoas com o uso de um bom oraculista. Um dos benefícios principais é poder ilustrar as coisas que se passam no momento, utilizar símbolos para explicar uma situação e as possíveis reviravoltas e resultados. Para isso se utiliza das imagens nas cartas e da intuição provocada por elas.
O Tarot tem 78 cartas, e é uma das muitas formas de oráculos que existem nas mais diversas culturas do mundo, sendo especialmente popular na Europa da Idade Média até o início do século XX.
Entre estas cartas estão 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores. Os arcanos maiores do Tarot são aquelas cartas com arquétipos já definidos como “o diabo”, “a torre” e “o mago”, por exemplo. É possível fazer um jogo de Tarot apenas com os arcanos maiores, se tratando no caso de um jogo arquetípico, onde se procura saber que tipos de energia estão atuando em determinada situação, e seus possíveis resultados.
As outras 56 cartas são os arcanos menores que ilustram situações da vida, momentos e consequências, como o três de ouros que significa “aumento nas finanças, construção de estabilidade”, ou o cinco de ouros que significa “perda material”. Estas cartas são ilustradas das formas mais diversas, desde uma ilustração da situação representada com personagens como no Tarot de Waite, até apenas símbolos misturados com paus, moedas, espadas e cálices, como no Tarot de Thoth.
Dentro das 56 cartas do arcano menor estão as cartas da corte (rainhas, cavaleiros etc), que geralmente aparecem para indicar a presença de pessoas influenciando de forma definitiva uma determinada situação. Cada uma com sua interpretação que não vale colocar aqui. Caso tenha interesse nos significados das cartas para ler, acesse este link ou procure no google, é o que mais tem na internet. Fique com a versão que mais faz sentido para você.
Há quem diga que o Tarot se originou no Egito, nas antigas escolas de iniciação esotérica, representando partes do livro da vida e valiosas lições cabalísticas. À partir de uma determinada época teria sido popularizado como jogo de sorte, chegando na Europa como algo já profano e sem significado, puramente para jogar, especialmente popularizado por ciganos e nômades que não ensinavam os reais significados aos de fora, e vendiam baralhos para diversão como forma de sustento.
Há quem diga o contrário. Que os baralhos antigos começaram a ser utilizados por povos nômades como oráculo, e que logo ganharam o simbolismo e o significado esotérico dentro de diversas tradições cabalísticas, egípcias e gregas; cartas e símbolos teriam sido adicionados e foram aos poucos resultando no Tarot como conhecemos hoje.
Não existe qualquer prova histórica da “origem do Tarot”, o que significa duas coisas:
A primeira, que não importa quem veio primeiro, o ovo ou a galinha; a segunda, que o Tarot tem mais de uma origem, mais de uma história e se trata de uma mesclagem de culturas, significados esotéricos e simbolismos diferentes que foram se juntando ao longo dos séculos.
Algumas curiosidades:
A primeira menção do Tarot como método divinatório que se tem registro data do ano de 1425, de um manuscrito italiano de Matiano da Tortona;
Jogar tarot foi febre no período renascentista na corte francesa, e assim continuou até na época de Napoleão. Sua esposa Josephine se consultava com a sacerdotisa Marie Anne Le Normand, que jogava um tarot cigano, com 36 cartas, bem diferente do tarot tradicional. Hoje em dia este tarot se chama Le Normand em sua homenagem, mas é também conhecido como Tarot Cigano;
Giacomo Casanova, o famoso conquistador italiano, gostava de utilizar sua habilidade em interpretar o Tarot para seduzir as mulheres. Ele utilizava o jogo como desculpa para ficar a sós com elas e fazia leituras totalmente parciais de forma à agradá-las. Hoje em dia existe o Tarot de Casanova, muito bonito, da editora Lo Scarabeo que linkamos no fim deste artigo.
O oráculo é você!
Vou confessar duas coisas aqui. A primeira é que eu também já utilizei o Tarot como desculpa para levar algumas meninas de um encontro para casa, mas nunca dei uma leitura fajuta, pelo menos. Isso deve aliviar. A segunda é que eu sou bom para ler para as pessoas em geral, nos mais diversos tipos de tarot, mas sou péssimo para ler para mim mesmo com qualquer tipo de tarot.
Simplesmente não consigo ler para mim. Minhas expectativas, desejos e medos em relação à situação moldam desde a tiragem das cartas e a ordem que elas vem, até minha interpretação de cada uma delas. É por isso que sempre que eu vou consultar o Tarot, faço por meio de outra pessoa. Estes dias fiz uma consulta com o Frater Magog, e foi muito boa, além de divertida. Muito instrutiva.
Isso só comprova o que Lon Milo Duquette (ah, ele também não consegue tirar para si mesmo) me disse em chamada de Skype há dez anos atrás:
“O TAROT NÃO DIZ NADA. AS CARTAS SÃO PAPELÃO, OS SÍMBOLOS SÃO MISTURADOS. O QUE DÁ SIGNIFICADO É VOCÊ. O ORÁCULO É VOCÊ!”
Bingo! O oráculo é você. As cartas servem para ajustar a intuição e ilustrarem a situação, de forma que o oraculista possa junto com o consulente (que está pagando a consulta) falar das questões e pensar possíveis saídas, além de intuir os resultados. É disso que se trata uma boa leitura de Tarot!
É por isso que o oraculista que está atrás do Tarot, o magista, não pode estar emocionalmente envolvido demais. Ele tem que ser como um cirurgião, frio e prático, apenas envolvido o suficiente para interpretar os significados dentro da situação, e intuir o que não está claro.
Veja o vídeo abaixo onde uma moça, que deve ter se achado muito inteligente, decide enganar um pai de santo que estava fazendo leituras de tarot gratuitas na internet:
Claro que o foco foi na “picaretagem” do pai de santo, mas é difícil saber quem está mais errado. A imaginação que a maioria das pessoas tem de que cartas de tarot podem adivinhar coisas, como se fossem telas de celular reproduzindo os filmes da vida dos outros, me deixam em dúvida se tem origem na criatividade estilo Harry Potter ou na ignorância estilo “torça meu dedo com a força da tua mente”.
Uma consulta oracular custa muita energia, como uma consulta psicológica. A ausência de energia de troca, de valor, não apenas atrai pessoas curiosas e descompromissadas com o resultado da leitura (que é 50% energia do consulente), como também costuma fazer com que o peso dos karmas das pessoas caiam sobre o ombro do oraculista.
Poucas coisas são mais perigosas energeticamente do que tentar ser “bom samaritano” para desembaraçar as mentes e carmas alheios sem energia de troca. A menos que escolha conscientemente se envolver diretamente nisso com todas as suas forças.
O consulente deve saber que as 78 cartas são pintadas em papelão, e não são vídeos interativos sobre os fatos da sua vida. Elas tem significados diferentes em baralhos diferentes e em situações diferentes, e podem ser até significar o oposto do que se diz na internet, dependendo das cartas que são tiradas antes e depois.
Quem não tem maturidade não deve procurar um jogo de Tarot. E a forma de pelo menos se proteger contra isso é cobrar um preço justo por seu tempo e sua arte.
Meu primeiro deck de Tarot eu comprei com 18 anos, economizando por semanas já que na época era pobre, e comecei a estudar e a jogar sem parar. Com os anos vieram os cursos, consultorias pagas em dólar e uma vasta coleção de decks diferentes, passaram-se doze anos de estudo antes de cobrar por uma consulta.
O Tarot é um instrumento, como uma guitarra. Nas mãos de alguém habilidoso produz arte, nas mãos da imensa maioria não causa senão irritação e barulhos sem harmonia.
Carl Gustav Jung promoveu em seu centro de estudos em Zurique uma série de experimentos com o Tarot sobre sincronicidade, coincidência e intuição. Para Jung, o Tarot era uma forma de se acessar o inconsciente coletivo e captar informações simbólicas importantes, aplicando-as diretamente na vida pessoal, na questão do consulente. Era um instrumento de auto-conhecimento e individuação.
Infelizmente não é assim com a maioria que se apresenta como tarólogo, mas a maioria nunca é uma fonte confiável, portanto evite sempre tudo que for “massificado”; tende a ser genérico, impessoal e cheio de erros, diluído em marketing e na melhor das hipóteses ineficiente. Assim é a maioria das coisas que envolve o oculto, e lógico, o Tarot, hoje em dia.
Previsões do futuro
Nestes muitos anos respirando espiritualidade, viajando a Ásia e investindo quase tudo que me veio às mãos no meu caminho de magia e misticismo, já paguei também por leituras de Tarot desastrosas com gente famosa que escreve livro, tem site e é internacional.
Percebi que uma leitura de Tarot tem a tendência a se revelar um engano quando não há uma identificação com a crença do oraculista. Tive em especial uma leitura no fim de 2020 com um mago famoso e sua “guia espiritual”, em que quase tudo que ele falou deu errado, no sentido de ter acontecido o contrário.
O pior de tudo foi ele ter me receitado (e eu ter feito) uma novena com velas brancas rezando orações católicas (terço) por almas perturbadas de ancestrais perturbados. Aquilo, para quem trabalha na linha das almas, com almas de todo tipo, dentro de diversas egrégoras, foi absurdamente pesado e carregado, além de ter dado um azar danado pelos meses que sucederam a consulta.
É preciso que o tarólogo tenha uma mente aberta e conhecimentos diversos, para “falar a língua” do consulente. Quando o tarólogo não fala a sua língua, tudo que vier dessa consulta não será bom, e na melhor das hipóteses não vai funcionar, se não prejudicar.
O que faz com que o tarólogo consiga diversas vezes dizer o que vai acontecer, e de fato acontece, é a intuição. As cartas do Tarot aguçam a intuição, e através dos símbolos fazem com que o tarólogo possa sugerir ao consulente algo que ainda vai acontecer. Quando o tarólogo tem uma intuição bem desenvolvida, e familiaridade com o método que utiliza para ler as cartas, geralmente a previsão é certeira.
Mesmo previsões certeiras são mutáveis, especialmente depois de ditas. Vou contar uma história de uma “maldição” que não tem a ver com nenhum tipo de ritual, mas que também é Magia.
Marcos (nome fictício) queria ficar com Ana. Ana era ex namorada de um bruxo. Marcos queria ter uma noite de sexo com Ana, que queria desesperadamente um romance novo que substituísse o que viveu com o bruxo, e estava cedendo à lábia de Marcos.
O bruxo que conhecia Marcos, ouviu dele que Ana estava bebendo agora, e propensa à encontros de uma noite, já que estava em carência afetiva. Assim sendo lançou mão de uma maldição. Sugeriu à Marcos que dissesse isso à Ana para ter certeza e não passasse vergonha, afinal o consentimento verbal o livraria de possíveis culpas e compromissos depois, que viriam inevitavelmente, já que Ana estava carente por um relacionamento.
Marcos verbalizou sua intenção sexual com Ana e que achava que ela estava na mesma intenção que ele, e foi veementemente rejeitado.
O que aconteceu é que o bruxo utilizou uma arma mágica de maldição que é a verbalização fora de hora. Marcos caiu. Pobre Marcos.
Isso acontece na vida afetiva e acontece também na manifestação (saiba mais). Tudo que é verbalizado antes de se concretizar está influenciando as pessoas envolvidas, e pela lei da interação, pode então ser influenciado por elas também.
Assim como uma intenção sexual verbalizada antes de se concretizar, a tendência do que é dito em previsão é se tornar vulnerável à rejeição, sabotagem e ansiedade das pessoas envolvidas.
Nada do que é inevitável é previsto, nem por tarólogos, profetas, santos ou intuitivos. Sobre isso já escrevemos aqui, como as piores coisas que acontecem à humanidade nunca são previstas.
O tarot pode dizer para onde vai determinada situação, mas de forma alguma garante que alguém continue na mesma estrada que desembocará neste resultado.
Baralhos diferentes, respostas diferentes:
Algo a se notar é que existem diversos tipos de Tarot. Alguns são muito diferentes entre si, trazendo significados que podem não ter nada a ver com a mesma carta de outro baralho.
Exemplo disso é o Tarot de Thoth, de Aleister Crowley, pintado por Frieda Harris sob sua orientação. Entre outras tantas, a carta que corresponderia à justiça em outros baralhos, por exemplo, é aqui a carta do Ajustamento.
A carta da Justiça traz a necessidade das coisas justas, “à César o que é de César”, um ajuste de contas, uma moral que será seguida. Algo passará pelo crivo da moral e da correção de alguma coisa ou de alguém, e isso pode ser bom, geralmente é, do contrário seria “injustiça” e não “justiça”.
No tarot de thoth, porém, ela não significa coisas justas sob a ótica humana, mas ajustes de satisfação, volta à ordem cósmica das coisas. A imagem é a da “mulher satisfeita”. Algo que fez Frieda Harris perguntar à Crowley: “Já existiu por acaso alguma mulher realmente satisfeita?”.
A satisfação da mulher na carta vem da perfeição do ajuste das coisas, exatamente como deveriam ser, um alinhamento cósmico. Por isso tudo na imagem da carta é tão perfeitamente equilibrado, milimetricamente organizado criando formas poligonais de linhas retas e envolvida pela forma de um diamante.
Temos na carta diamante, mulher satisfeita, polígonos, círculos igualmente dispostos e predominância de azul e verde combinando num tom frio, um sorriso de satisfação por ter atingido o equilíbrio no que queria. Ter atingido exatamente o que queria.
A carta “justiça” ou, no caso do Tarot de Thoth, O ajustamento, é a oitava carta dos arcanos maiores, mas se o tarólogo estiver utilizando outro tarot, terá um significado totalmente diferente do tarot de Thoth.
Decks diferentes se comunicam de forma diferente. O consulente pode, e deve, perguntar ao tarólogo que tipo de baralho ele atende, e ver se consegue também se identificar com essa linguagem.
No Baralho de Aliette, o primeiro baralho de tarot a ser comercializado em larga escala na França, a carta número XV dos arcanos maiores, o diabo, se chama Force Majeure, força maior. Significa forças superiores ou externas, coisas que estão fora do controle e que influenciam a situação. Forças místicas ou naturais.
Outro exemplo é o baralho cigano, ou baralho Le Normand. Ele tem bem menos cartas, significados mais diretos e menos complexos, é bastante simples e intuitivo, e por isso requer um tarólogo que tenha intuição muito aguçada e conhecimento das questões humanas, do contrário corre o risco de ter uma sessão estilo “bola de cristal”, de adivinhação.
O baralho cigano é chamado de “tarot fofoqueiro” porque ele responde também perguntas de sim-não, já que tem cartas negativas e positivas numa interpretação mais simples.
O tarot mais popular e comum é o tarot de Waite. Ele é muito bem ilustrado e por ser bastante sugestivo em suas imagens, é também o mais indicado para principiantes. Até as cartas de números possuem ilustrações que trazem implícito o significado oracular.
O que esperar de uma consulta de Tarot:
O que procurar:
Um oraculista que conheça bem o seu próprio tarot, que vai ser o instrumento de intuição.
Alguém que saiba ouvir, e que procure conhecer a sua situação e os seus sentimentos envolvidos nisso.
Um bom conselheiro. Alguém que possa de fato dar conselhos ou inspirar um plano de ação que tenha a ver com a situação exposta.
Alguém que consiga falar a sua língua, não palavras complicadas, nem previsões aterradoras de perigos, nem promessas de maravilhas no futuro.
Alguém que seja universalista, ou que siga uma linha de prática do sagrado com a qual você também se identifica. Ser de Quimbanda mas abrir jogo com alguém que lhe aconselha sobre exu na linha de Candomblé, por exemplo, pode não ser proveitoso para você.
O que não procurar:
Alguém que diga que vai ver o que vai acontecer com você no futuro.
Um oraculista que apele para o medo e ameças de perigos espirituais. O medo nunca é um bom conselheiro, e a intuição nunca se manifesta no medo. Até as piores coisas intuidas geralmente dão sensação de náusea, cansaço extremo, tédio depressivo, mas nunca medo. O medo é reação à coisas externas, nunca algo que vem de dentro.
Magos, oraculistas em geral que ligam a consulta de Tarot à cursos e trabalhos com ele próprio. Esse efeito bola de neve além de ser muito deselegante, geralmente leva ao erro. O oraculista pode e deve colocar seus serviços como uma opção de ajuda apenas, nunca como algo necessário para resolver, continuar ou esclarecer a consulta que está sendo feita.
Alguém que prometa que vai revelar segredos sobre outras pessoas.
Pessoas que cobram muito barato. Demonstram geralmente um descompromisso com o trabalho em si, com o consulente e com o próprio conhecimento adquirido através dos anos.
Pessoas que cobram muito caro. O fato de ser absurdamente caro não garante absolutamente nada em questão de resultado. Por exemplo, 3.500 reais para responder cinco perguntas de forma remota (não presencial) é um absurdo que escancara picaretagem.
No momento em que escrevo este artigo (Julho de 2024) não estamos com horários disponíveis para consultoria com jogo de Tarot, mas será um prazer jogar para você no futuro quando abrirem horários. Para isso, nos siga e dê uma força no INSTAGRAM da Mente Magicka, aqui neste link.
Vamos divulgar pelo Instagram quando novos horários estiverem disponíveis. Nos siga para saber mais e qualquer coisa envie um direct. Sua presença é importante, afinal nosso trabalho é para você.
Estudando o Tarot
Caso tenha interesse em jogar tarot, seja para si mesmo ou os outros, e queira aprender mais sobre isso, aqui vão alguns links de livros e decks na Amazon que podem ser de grande valia. São livros que eu já li, e os decks são todos que eu próprio possuo.
Tenho uma vasta coleção de Tarot com algumas raridades dos anos 90. A maioria conseguida numa antiga loja que ficava dentro de uma galeria em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro.
Antes de eu sair do Brasil, havia numa galeria uma lojinha quase escondida no subsolo. Não consigo me lembrar se era Exoterica, ou Esoterika, ou algo do gênero, mas já vi lojas com nomes semelhantes que não eram esta.
Dentro da loja havia uma senhora, que se bem me lembro se chamava Cristine. Tenho vontade de ir ao Rio De Janeiro e ver se a loja continua aberta, mas nunca tive tempo para isso nos ultimos onze anos.
Era uma loja antiga com cheiro mágico do Nag Champa antigo e baralhos mágicos. Ali havia baralhos raríssimos, impressos há mais de uma década (agora várias décadas).
Caso tenha a oportunidade de encontrar uma loja assim, mágicka, pode ser bom adquirir seus decks lá, mas…infelizmente lojas como esta eram raras e agora estão mais raras que os próprios decks que vendiam.
Por isso, recomendo a Amazon mesmo, e coloco links que podem ser de boa serventia.
Livros para aprender tudo sobre Tarot:
A Arte de Ler o Tarot Para Si Mesmo – Apesar do título, o livro não trata sobre as dificuldades de ler para si, mas traz uma extensa explicação das cartas, dos arquétipos e das diversas formas de interpretar cada uma delas em tiragens diferentes. É meio que um “curso completo de Tarot” em livro.
Bíblia Clássica do Tarot – Um livro bem completo sobre o Tarot de forma geral e os símbolos de cada carta. Muito bem ilustrado, leitura fácil em português, muita informação.
Tarô Waite Edição Especial: livro ilustrado do Tarot para leitura intuitiva – Livro + Deck do Tarot de Waite, ideal para iniciantes pois é muito ilustrativo, as cartas tem significados óbvios, além do livro ser bom e muito bem detalhado. O Tarot de Waite foi ricamente ilustrado por Pamela Smith há mais de um século atrás.
Tarô Arquetípico: um Estudo Sobre as Correlações Simbólicas dos 78 Arcanos com a Psicologia Analítica de Carl g. Jung – Tirem as crianças da sala, pois este é um livro de adultos. As correspondências entre o Tarot e a psicologia analítica de Jung, que muito estudou sobre Tarot, I-Ching e oráculos em geral enquanto preparava sua teoria da Sincronicidade. Jung é ótimo! Leitura difícil, mas ESSENCIAL para quem é sério no estudo do Tarot e da mente humana.
Understanding Aleister Crowley’s Thoth Tarot (Lon Milo Duquette): Livro mágico em inglês, o mais completo que já vi sobre o tarot de Aleister Crowley, que é o meu preferido. Vale e muito a leitura. Já falei que conhecimento de inglês e um kindle, para o bruxo moderno, valem muito mais do que conhecimento de rituais antigos e uma varinha de carvalho.
Decks de tarot para começar:
Tarot de Thoth edição de luxo – Meu tarot preferido. Apesar do preço alto é com certeza uma edição de excelente qualidade, e um deck para a vida toda.
Tarot de Waite (deck comum completo) – O tarot tradicional de Waite, magistralmente ilustrado. Ideal para as primeiras leituras.
Baralho Cigano Le Normand Tradicional – O tradicional baralho cigano com cartas diferentes do baralho de tarot esotérico. Este é um deck muito direto, responde à perguntas de sim/não, e desenvolve a intuição com o próprio jogo.
Tarot de Casanova – Tarot repleto de cenas da vida de Casanova e suas conquistas. É muito interessante e bonito. Um típico tarot italiano do Le Scarabeo. Pintura moderna e diferente que lembra os comics antigos.
Tarot Chinês – Como colecionador tenho diversos decks com temas asiáticos, pelos quais sempre fui fascinado desde criança. Este em especial, é um deck muito bonito e delicado com imagens da cultura chinesa. Uma viagem de simbolismo misturado ocidente-oriente, algo com o que me identifico muito. É importado, mas vale a compra e a espera.
Ficamos por aqui neste artigo, pedindo mais uma vez que participe de nossa página no Instagram do M.M.M.
Sua presença é importante, estamos começando com este movimento para jogar uma estrela à mais na constelação de luzes que brilham a espiritualidade na terra.
Se gostou do artigo e foi um introdução útil ao mundo do Tarot, lembre-se de compartilhar nosso trabalho.
Lux, Lux, Fiat Lux.