Videntes e profecias são reais?

Recentemente assistimos à alguns vídeos de videntes e previsões em alta sobre profecias de supostas guerras nucleares (o quão difícil é se assustar com essa possibilidade no cenário internacional atual?), possibilidades de meteoro ou qualquer outra desgraça para o final desta década.

Geralmente, estes que trazem a desgraça por profecias tem citações sobre grandes profetas, santos, ou tentam se justificar numa possível indireta ou alegoria escrita por alguém mais famoso. No Brasil os preferidos a serem citados neste tipo de coisa costumam ser Chico Xavier (que nunca previu nada de apocalíptico nem se disse profeta) ou Nostradamus.

Bem, para essas pessoas que se assustam com as profecias para o fim da década, meteoros, guerras ou qualquer outro tipo de visão apocalíptica do futuro temos duas notícias. Uma boa e uma ruim. Teremos de começar pela boa, já que estas profecias nos assustam.

A boa notícia é de que quase nada do que é publicamente profetizado de ruim se concretiza. Isso se deve em grande parte ao princípio de acessibilidade astral. Quando alguém acessa uma cena do futuro, supondo que seja alguém que tenha de fato o dom da premonição, este alguém tem acesso à uma possibilidade, possivelmente a mais provável, constantemente apenas uma das muitas possibilidades de realidade. Realidade não é a Verdade.

A Verdade tem muitas possibilidades de realidades diferentes, assim as previsões dificilmente se concretizam quando existem movimentos a fim de se evitar ou sair da rota, ou mesmo quando ocorre a atenção redobrada para evitar algo ruim. Quando previsto por alguém com o real acesso ao dom de premonição, ainda assim, poucas vezes o mal da profecia se concretiza, especialmente quando envolve muitas pessoas, uma nação ou o mundo todo, ou seja, quanto maior é a matriz energética envolvida na previsão mais chances de que ela não se concretize, já que as matrizes energéticas (conjuntos de egrégoras como países, cidades, grandes grupos) existem em constante movimento e sofrem mudanças o tempo todo.

É devido a este movimento constante das matrizes energéticas que profecias apocalípticas, as que envolvem grandes grupos, mais raramente ainda se concretizam. É devido também a este mesmo movimento que prever o real mal da humanidade é impossível, e esta é a má notícia. A má notícia é de que só se pode prever pequenos males, a fim de evitá-los. As grandes desgraças, tragédias ou o contato com o “mal”, quando ocorre, vem sem nenhum tipo de previsão, aviso prévio ou ajuda.

Seja na vida pessoal ou nas grandes matrizes energéticas, o mal tem por característica ser sorrateiro, e a tragédia tira grande parte de seu tamanho monstruoso do fato de ser repentina, do efeito do susto, da dúvida, do choque. Não importa o quanto se pratica espiritualidade, as coisas continuam sendo assim.

Há centenas de anos atrás, os ingleses contatavam anjos por sistemas de magia bastante complexos, magos faziam operações com deuses antigos e demônios, reis consultavam oráculos milenares, mas ninguém foi capaz de previr a peste negra que dizimou a Europa (literalmente, 60% da Europa morreu durante a peste). Ninguém foi capaz de previr a primeira guerra mundial, e muito menos o maior desastre da história da humanidade, a segunda guerra mundial. Nem mesmo os grandes thelemitas, alquimistas ou profetas do velho mundo realizaram esta profecia de forma clara.

Por falar na segunda guerra mundial, saiba que grandes magos alemães não previram a derrocada do Reich. Nem mesmo o grande mago vidente que ajudou imensamente Hitler a subir no poder, Erich Janussen, conseguiu prever que logo após a subida de seu protegido descobririam que ele na verdade era Herman Steinchneider, um judeu, e o fuzilariam em uma noite após um dia calmo e sem novidades. Infelizmente as coisas piores acontecem em dias calmos e sem novidades para os outros, também na vida pessoal, e isso é uma das coisas que choca e assusta no mal.

Se é boa a notícia de que não aconteceu nada nem sequer semelhante ao fim do mundo quando passamos de 1999 para 2000, de que os tais portais de 12/12/2012 só abriram na imaginação de quem acreditava neles (sem quaisquer efeitos positivos ou negativos), e de que a tal “data limite” (que ia até o meio de 2019) só foi limite para o time de futebol do Flamengo deixar de ser um time ruim após quase três décadas, é também má a notícia de que as grandes catástrofes da vida, para pessoas ou para matrizes energéticas, ocorram todas sem previsão, sem aviso e de surpresa.

Lembramos que no fim de 2019 desde videntes da internet até pessoas que costumam falar com espíritos ou canalizar anjos, estavam indecisos sobre saber o orixá regente de 2020 ou se seria um ano de prosperidade e paz.

Ninguém em absoluto, mesmo os mais pessimistas e apocalípticos, tiveram visões, avisos ou profecias sobre um mundo parado, pessoas de máscara e o maior desastre sanitário dos últimos tempos, que foi o Covid. E é fácil associar agora frases soltas do tipo “vejo medo e solidão” com profecias reais, que ninguém fez.

Ninguém pensou que nos emocionaríamos com uma vacina, nem nos abusos que sofreram os trancados em casa por tanto tempo por ordens políticas em determinados países, ou nas milhões de pessoas que perderam a vida, ou nas perdas financeiras de quem não podia trabalhar naquele ano.


O mal não é previsível, e por isso o único jeito de lidar com o mal ou evitá-lo ao máximo possível, é de fato se exercitando no BEM. Não existe antídoto para o mal fora do bem. O medo, as profecias, as teorias, só servem para nos distrair, enfraquecer, e seja a notícia boa ou ruim, o mal existe dentro de nós assim como o bem.

Se não podemos imaginar ou prever o que vem de fora, que exercitemos dentro de nós aquilo que é a única coisa que nos pode proteger, e aquela que é a única coisa pela qual vale a pena pautar a sua vida também, o bem de si e de quem nos cerca, e a paz pessoal. Paz esta que deve ser buscada, cultivada, exercida e exercitada, protegida, seja contra o próprio pessimismo e o mal interno, seja pela ameaça do mal externo. Nada vale o preço de sua Paz. Nada vale a perda de seu Bem.

Com nossos votos de que não se deixe assustar por estas profecias, eis a única forma de se viver com menos medo do desconhecido: Viva em PAZ E BEM!

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