Rejeição Espiritual Existe — Entenda o Choque de Egrégoras

Você já entrou em um ambiente espiritual onde tudo parecia certo — mas algo dentro de você travou? Talvez não fosse você… talvez fosse a egrégora te rejeitando.

Isso acontece desde em ambientes familiares, sociais e até espirituais. Venha saber tudo sobre choque de egrégoras e sobre rejeição, leia até o final e…

O que são egrégoras

O papo é complexo e podia ser muito chato! Eu lembro de uma aula de egrégoras que tive com um professor de energética famoso, e minha cabeça caía para a frente, de sono.

Por sorte, ele era uma figura muito engraçada, percebeu a situação dos alunos e começou a explicar “na cozinha” como ele dizia, com exemplos ridículos e palavrões. Aprendi.

Eu vou fazer melhor. Vou resumir e explicar, em alguns parágrafos, o que vários livros antigos tentam fazer, e você vai entender, porque eu vou repetir as informações de forma diferente, e no fim deste capítulo, você vai saber o que é egrégora energética, e o que é Matriz energética.

Agora presta atenção…

Tudo tem uma energia: cada ser, cada coisa e cada ação. Quando seres, coisas e ações se juntam por um propósito ou por um afeto, eles criam um aglomerado de energias com uma característica, uma assinatura energética, e a isso damos o nome de egrégoras.

Algumas egrégoras se juntam por simples identificação (as mais fortes e permanentes), outras precisam de dogmas e doutrinas próprias para se identificar (as temporárias).

É possível fazer parte de mais de uma egrégora, e quanto mais “complexo” é o ser em questão, de mais egrégoras ele pode fazer parte.

No caminho do Mago, onde a construção se dá à nível pessoal, em seu “eu” esotérico, é inevitável o contato com diversas egrégoras, tanto onde tomamos parte aprendendo coisas novas, quanto as que já pertencemos de outras vidas e planos.

É quase impossível, hoje em dia, que alguém que se digne ao caminho de se construir espiritualmente, não encontre a situação de choque de egrégoras, onde existe um conflito ou aversão temporários, geralmente sentidos por dentro, ou mesmo em situações externas desconfortáveis.

Isso é normal, mas assusta muita gente neste caminho, e você deve aprender a conviver com isso, identificando ao acontecer e principalmente harmonizando as egrégoras de que você faz parte.

É isso que esta instrução vai te ensinar através deste texto, portanto fique firme até o final.

Tenho choque imediato de egrégora com fãs de qualquer famoso. O fã é sempre um bobão projetivo (projeta nos outros o que não ousa expressar em si); tirando, claro, os fãs do Mente Magicka. Estes são inteligentes.

Voltando a falar de coisa séria, saiba que de egrégoras são formadas as Matrizes. Uma Matriz é um “mundo” próprio, algo que molda a realidade das coisas dentro dela; uma Matriz comporta egrégoras que se harmonizam ou pelo menos se toleram dentro dela.

Já dissemos em outros artigos que as Matrizes são o que juntam egrégoras; Matrizes apresentam o mundo de determinada forma, e se organizam com seus representantes e hierarquias.

Em ordem de tamanho e força: um país tem Matriz, uma cultura tem Matriz, uma cidade tem Matriz (menor que a do país), uma empresa tem Matriz, um círculo social também, uma escola, um shopping center,uma casa.

As Matrizes citadas acima funcionam como uma cebola, uma camada dentro da outra, da maior para a menor.

Cada camada da cebola (mundo) é uma Matriz, e cada Matriz vai organizar as egrégoras, atraindo ou expulsando-as.

Quando existem choques de egrégoras dentro de uma Matriz, ela vai escolher aquela que mais beneficiar sua própria sobrevivência para apoiar, e prejudicar a outra, expelindo ela, expulsando.

Uma Matriz só pode agir de acordo com a sua sobrevivência, o único ideal de uma Matriz é permanecer “em voga”, no poder de determinada coisa.

As Matrizes são neutras e impessoais, já as egrégoras são “pessoais”, no sentido de ter personalidade e inteligência de ação.

Dentro das Matrizes (que só pensam em si) estão as egrégoras pessoais. Quando você é atacado por uma Matriz basta sair dela e ela não tem força persecutória, pois não tem personalidade.

Quando você é atacado por uma egrégora, no entanto, muitas vezes não é suficiente sair de perto dela, e é preciso reagir energeticamente.

O lado bom é que enquanto os ataques das Matrizes são fulminantes e dificilmente conseguimos nos dar bem ao bater de frente com uma Matriz, o das egrégoras é uma queda de braço que os seres mais fortes, espiritual e mentalmente, costumam vencer. Ou aqueles que tem mais propósito.

Diferencie, no entanto, o ataque de uma egrégora com o choque de egrégoras. O choque de egrégoras é curto,e só acontece ao entrar em contato, ou tentar adentrar numa egrégora que te rejeite.

Saiba que você mesmo(a) é uma Matriz. Você é uma Matriz que expressa uma alma, seu espírito, e dentro dela existem egrégoras diferentes que devem estar em harmonia.

Estas egrégoras pessoais juntas formam o que chamamos de sua Hierarquia Espiritual, ou sua Trama Espiritual. É o conjunto de deidades, espíritos, seres em geral e até formas-pensamento que fazem parte de você, que você traz de sua Alma, de outros planos, vidas e experiências.

Quando uma egrégora tenta entrar (ou você tenta introduzir) em sua Matriz pessoal (você), a Matriz vai reagir positiva ou negativamente, através das egrégoras já existentes na sua vida espiritual.

Tudo que vibra com você e tem assinaturas espirituais semelhantes com a sua, são suas egrégoras e formam quem você é.

Quando você tenta entrar numa egrégora, você leva a sua própria Matriz (você mesmo) até lá, com suas próprias egrégoras e características.

Aí podem acontecer três coisas: Neutralidade, Atração ou Rejeição.

Neste artigo, vamos responder: O que acontece quando as coisas dentro de você entram em conflito, ou quando algo de fora, que você teve contato, não combina com sua Matriz energética pessoal?

Os segredos da rejeição

Rejeição é algo que acontece em, no mínimo, dois pólos. Não existe rejeição unilateral (de apenas um lado) em nenhuma área da vida.

Se algo te rejeita é porque também foi rejeitado por você (ou por uma egrégora sua) em alguma esfera energética, ou alguma área que você não tomou consciência.

Sim, aquele fora que você tomou, foi um movimento conjunto. A humilhação foi sua, mas a rejeição foi mútua.

Na vida afetiva quando você “toma um fora”, por mais iludido e influenciado pelo desejo sexual ou fantasias mentais que você possa estar, é porque algo em você também rejeitou a pessoa.

Pode ser desde um ser importante dentro de sua egrégora espiritual, ou até algo na sua vida que repele aquela pessoa, ou até mesmo na sua forma de vestir, falar ou se expressar.

A rejeição mesmo que declarada apenas por uma das partes conscientemente, acontece à nível energético sempre de forma ambígua; ninguém rejeita o que não é invasivo e rejeitante à coisas particulares suas.

Com o choque de egrégoras espirituais isso não é diferente, na verdade é igual.

Algo dentro daquela egrégora não combina com algo dentro de sua Matriz energética, talvez por entrar em choque com egrégoras que beneficiem mais a Matriz (você).

Aí acontece o choque de egrégoras. Este choque não é “nocivo”, e assim como um fora que você leva quando chega cheio de paixão ou cheia de ilusão no seu amor platônico, este choque é inofensivo, apesar de muito desagradável.

Na vida afetiva, se você quiser ter uma vida sexual interessante vai ter que aprender a desenvolver uma pele grossa para lidar com rejeições, passar por elas e conseguir o que quer.  

O drama é o pior inimigo do sucesso num processo de desenvolver uma pele grossa, essencial para a maioria das coisas na vida.

Uma pessoa que dramatiza a rejeição, toma pelo lado “pessoal” no sentido de se sentir preterido por outra à qual deu muita importância e ilusão, dificilmente vai conseguir expressar seu espírito na afetividade e sexualidade, e vai ter que voltar muitas vezes para trabalhar nisso, ou se esgotar em regiões umbralinas típicas para isso.

Assim como um Artista Marcial caleja as mãos, num processo de criar uma pele mais grossa e forte, você tem que buscar, de propósito, e lidar com a rejeição, seja física ou espiritual, pois sempre é energética.

O problema mesmo nunca é a dor da rejeição em si, mas o que vem com ela. Uma culpa que abre as portas do pior em você, e te joga na “zona do fracasso” onde está seu lixo mental, e isso nós apresentamos detalhadamente neste outro artigo!

O que dói na rejeição de qualquer tipo não é o que acontece (pois tecnicamente você não perdeu nada que ainda tivesse), mas o que você se conta sobre ela. O que você diz para você mesmo.

Uma armadilha é tentar esmiuçar, explicar ou encontrar motivos para a rejeição. Como os motivos de uma rejeição nunca são totalmente conscientes, a única coisa que pode vir dessa atitude comum (pois todos tomam) é auto depreciação e culpa.

Se você souber lidar com isso sem a necessidade de compreender os porquês da rejeição, especialmente sabendo que você apenas deve continuar em frente, sem drama, vai conseguir lidar com isso.

Na espiritualidade não é diferente. Se você não desenvolver uma pele grossa e entender a rejeição espiritual, vai dramatizar o choque de egrégoras, que não é nenhum “ataque espiritual”, assim como o fora que você tomou da morena não é um manifesto de exclusão dos seus genes da natureza.

Longe do drama, o choque de egrégoras (rejeição espiritual) é simplesmente como chegar esfomeado num restaurante depois de dirigir por quarenta minutos e encontrar ele com a porta fechada.

Você não se desespera, você vai em outro restaurante e come outra coisa.

Lembre-se no entanto que rejeição é sempre bilateral, nunca vem de uma parte só, e ninguém é rejeitado sem ter rejeitado algo também, não somos seres passivos em nossa Matriz energética.

Se a sua hierarquia espiritual reage à outra de forma à rejeitar, ou se é a outra egrégora que reage te rejeitando, isso não importa, é sempre mútuo.

Choque de egrégoras não mata, apenas dói, incomoda e pode ser inconveniente ou constrangedor, mas passa, e depois que passa o que sobra é um universo de opções, ou o drama de quem não sabe lidar com o NÃO.

Como você vai escolher reagir no seu próximo fora (que eu espero que tome logo, pois quem mais toma fora mais tem vida afetiva e sexual),vai definir seu futuro afetivo.

Como você vai escolher reagir no seu próximo choque de egrégoras (que eu espero que seja logo, pois significa que você está pesquisando, praticando e sendo magista), vai definir seu futuro na espiritualidade e principalmente na Magia.

Sintomas e resultados do choque de egrégoras

O choque de egrégoras não é muito claro para quem não está bem conectado com suas próprias egrégoras espirituais, por isso é essencial que você esteja em dia com suas próprias práticas e energias.

Do contrário, assim como quando você sai com uma pessoa cruel, que prefere te ignorar, ou até enviar fotos dela com outro ao invés de verbalizar o “não”, você só vai perceber o choque de egrégoras quando doer.

Se você está em dia consigo na vida pessoal, vai perceber a ignorância ou atitudes negativas da pessoa e logo tirar suas ilusões dali, juntando mais opções de pessoas para conhecer.

“Vish, ela não respondeu de novo, e só respondia com en, aham e sei…que pena, parecia normal. Amanhã procuro outra melhor.” – Essa atitude pode também evitar um choque de egrégoras.

Se você está em dia com sua espiritualidade, deve perceber logo que aquela linha espiritual, aquele tipo de trabalho, aqueles espíritos, ou seja, aquela egrégora, não combina com você. Não faz bem.

Dentre os sintomas do choque de egrégoras, quando você não o percebeu e ele já começou a doer, estão alguns que são típicos:

– Vou enlouquecer:
Se você começa a sentir que sua mente está se perdendo em algum tipo de energia, após algum ritual ou contato com determinada força, ou se você sente que está perdendo contato com sua realidade e o que te faz bem.

Se você se sente confuso e não consegue mais saber no que acreditar nem onde estão suas forças. Isso tudo é sintoma de choque de egrégoras quando já está em fase avançada. Acorde!

– Medo:

O medo é um péssimo conselheiro, mas é um companheiro ainda pior. Se as suas práticas em determinada egrégora, ou suas visitas à determinado local são marcadas pela presença do medo, pode crer que ali não é seu lugar.

Apenas esteja consciente de diferenciar medo de excitação. Muitas vezes a excitação, até o nervoso ou o frio na barriga, indicam exatamente o que você deve fazer.

Isso é bem diferente do medo, da sensação de desgraça iminente, de não ter outra escolha senão fazer algo forçadamente, de estar vulnerável à vontade dos outros. Pega a dica!

– As pessoas te menosprezam:

Se você chega num templo ou num local e é maltratado por mais de uma pessoa num espaço de tempo curto, provavelmente é porque existe uma reação daquela egrégora em relação à sua. Agradeça e saia.  

É comum que quem trabalha na tesouraria ou atendimento ao público em qualquer lugar seja naturalmente um emissor do diabo, com a frustração de cinquenta homens virgens de meia idade e a irritação de cinquenta mulheres na menopausa.

Por algum tipo de alinhamento estelar negativo da terra, ou sei lá, espelhamento umbralino, aqueles que trabalham atendendo as pessoas são justamente os que costumam ser mais insensíveis à elas.

O que não é comum, no entanto, é que as pessoas reajam exageradamente à você em determinado lugar, como uma reação em cadeia, com grosserias e acusações. O bom senso será seu guia. Saia dali.

– Te dá azar:

Coisas ruins começam a acontecer, ou coisas boas sempre são sabotadas e deixam de acontecer durante determinada prática ou contato com determinado grupo pessoa ou local?

Desde que começou a sair com aquela amizade, com aquele grupo, sua vida afetiva foi para o brejo, ou gastos financeiros repentinos começaram a aparecer um atrás do outro? Seus projetos ficam todos estagnados?

Este é um sintoma bem clássico de choque de egrégoras, um azar sabotador e repentino. Para cortar este azar, felizmente, basta perceber isso e dar o fora. Tome a atitude e rejeite, você, aquilo que te faz mal!

Choquei a egrégora, e agora?

Agora relaxa e…dá o fora.

Fuja de promessas de melhora ou tentativa de exploração como “ritual para afastamento” e coisas do gênero, pois promessas de melhora no futuro, ou rituais e permissões para afastamento só te afundam mais na teia do que não te serve.

Quando acontece um aprofundamento após um choque de egrégoras, com mais rituais, mais papo, mais contato, o que costuma ocorrer é uma relação de obsessão e assédio.

Isso, mais uma vez, vale para a vida afetiva e espiritual, afinal são a mesma coisa, sua energia interagindo no universo.

Se após perceber um choque de egrégoras você não cair nas garras da manipulação que já citamos, você só precisa fazer um “banimento”.

E não…eu estou falando do ritual menor do pentagrama, hexagrama, cem gramas…nem ficar imaginando círculos de luz. Banimentos ritualísticos funcionam a nível sutil, ritualístico.

Para se livrar de uma energia que você permitiu entrar é preciso de um pouco mais do que isso, porém mais simples. É preciso banir com o corpo!

É preciso banir com a atitude. Se for se afastar, se afaste sem olhar para trás. Se for dizer não, evite dizer só com a boca, mas com a atitude de não permitir mais isso na sua vida. Ah, e não se justifique.

Um “banimento” clássico que aprendi da Magia do Caos, porém muito antigo e utilizado frequentemente em terreiros das mais diversas práticas brasileiras, é a risada. Uma boa gargalhada.

Isso não é muito bem entendido, porque não se trata de fingir, se trata realmente de evocar o ridículo da situação em que você se meteu, pois foi um engano, e debochar disso.

A gargalhada do Exu sempre foi uma forma de banimento para os Exus que trabalham na transmutação das energias do local.

É preciso banir usando seu corpo, sua leveza, deixar a situação no ridículo, não dar mais força para a outra egrégora, pessoa, local ou situação.

Deixa eu contar uma história sobre o riso, o banimento e a atitude. É mais uma das minhas aventuras de Mago maluco, então senta que lá vem história.

Há muitos anos atrás, eu estava passando por um inverno solitário entre os muitos problemas da época de pandemia por aqui (que durou TRÊS anos).

As lojas estavam novamente (e temporariamente) abertas, pessoas jovens na rua, mas o modo como viam os estrangeiros havia mudado muito, e não estava nada bom.

Com a hostilidade imperando, eu, um imigrante já por quase toda a minha vida adulta, estava em um período de solidão e isolamento.

Estes períodos fazem parte de ser um forasteiro e nunca me assustaram. Pelo contrário, eu sempre soube arranjar as melhores companhias, mesmo quando isso custava vários “choques de egrégora”, se você entende.

Eu passei por uma loja de cervejas (eu sempre adorei as lojas de cervejas importadas aqui do Oriente), e antes de entrar vi uma moça linda. Linda mesmo. A junção do sexy com o belo.

Ela estava sozinha com uma cerveja na mesa, mas conversava com um cara lá no balcão, do outro lado da loja.

Dei alguns passos para trás para tentar entender a situação enquanto a adrenalina voava pelo meu corpo. Como sou um praticante do Budismo da Fina Linha Vermelha, eu estava atento aos meus sentimentos e respiração.

Mesmo muito nervoso, precisava entender a situação. Com o então clima de hostilidade, não seria muito legal dar em cima da namorada do cara do balcão na frente dele e dos amigos dele.

Enquanto procurava observar cada detalhe em mim mesmo e no local, para entender a dinâmica, eu decidi ganhar tempo e comprei um refrigerante na máquina que ficava na porta da loja.

Comprei uma “fanta de jasmin”, edição especial oriental, a fanta azul. Era meu refrigerante preferido, na época.

Quando minha fanta azul saiu da máquina, atrás da porta de vidro o olhar da moça e o meu se encontraram, eu abri um sorriso do tipo que um bebê abre ao fazer cocô na fralda olhando para a mãe, já que eu estava bem nervoso. Ela sorriu.

Sorriso genuíno tipo esse…

Agora já era. Não havia mais tempo de entender a dinâmica, se eu perdesse o “timing” da abordagem não iria funcionar, ou seria interrompido pelos outros homens do local, já que homem é uma raça incrível para se sabotar.

Tive que aproveitar o momento, e com meu novo refrigerante colorido aberto entrei corajosa e triunfantemente na loja de cerveja, como um Templário marchando para a conquista da Terra Santa.

Com meu nariz em pé para intimidar os homens do local e mostrar que eu era um típico e ousado ascendente, lua e júpiter em Leão, não vi que tinha um degrau logo depois da porta.

Tropecei e caí. Como ela estava na mesa logo da frente da porta de vidro, eu me vi numa situação ridícula.

Eu estava caído com um joelho em terra e outro para cima, e se a saia dela não fosse tão curta e as botas longas, alguém poderia confundir com a imagem de São Domingos aos pés da Virgem Maria.

Meu refrigerantezinho azul tinha caído no chão e rolou vazando até a outra mesa. Eu do chão olhei para ela e disse: “oi”…

Nós dois demos juntos uma genuína gargalhada depois desse “oi”, era muito ridículo. A tensão da situação foi quebrada. Os homens no local acharam que a gente se conhecia e pararam de olhar.

Aí eu disse que tinha visto ela de fora, e ela disse que já tinha visto eu olhando para ela. Me disse para sentar com ela, ela estava esperando uma amiga.

Se você, jovem mancebo, inicia uma interação com uma desconhecida, seja você a decidir quando terminá-la, é sua atitude, faça seu tempo. Conversamos e antes que a amiga dela chegasse peguei o contato dela e saí. Chegamos a marcar de sair, mas essa não deu muito certo.

Houve algum “choque de egrégoras” no caminho e eu acabei me distanciando dela, que estava sempre postando coisas sobre como ela era requisitada por todos os homens, e como todos queriam ficar com ela.

A atitude dela para comigo nas mensagens também era fria, esnobe e desinteressada. Diferente da noite em que nos conhecemos.

Perdi a atração, e acho que ela também não estava exatamente interessada mais em mim, já que estava “jogando” um jogo em que tinha muito mais capacidade, interesse e experiência que eu, o da vaidade afetiva.

O mandamento da nobreza é de que se você tem um nariz em pé deve saber baixar os olhos, ou fica insuportável.

Nunca vi minhas vivências afetivas como algo para inflar minha vaidade. Sempre vi as pessoas como possíveis mestres e alianças, e as mulheres que passaram por minha vida como arquétipos das deusas que fazem parte de mim num outro pólo, já que eu sou bem satisfeito com meu masculino.

Bem, essa história maluca que aconteceu no fim de dezembro de 2020, é para ilustrar na verdade duas coisas:

– Um bom deboche destrói o constrangimento do erro, do medo e do engano. Faça o banimento com seu corpo, não necessariamente rindo, mas procurando o ridículo da situação, aceitando e se perdoando.

– Que o choque de egrégoras é comum, independente do esforço que você tenha colocado nisso, tanto na vida afetiva quanto espiritual.

Aprendeu?


Harmonizando Egrégoras

O contrário do choque de egrégoras é a harmonização das egrégoras.

O universo tem milhões de egrégoras, e claro que para haver harmonização você precisa de um lugar comum, e onde se juntam as egrégoras mesmo?

Se você respondeu na Matriz, tenho orgulho de você estar me lendo. Acontece que a única Matriz disponível para você é você mesmo.

Qualquer harmonia na vida, portanto, só pode vir primeiramente de uma atitude interna de harmonia. Não existe harmonia gerada externamente. Toda e qualquer harmonia imposta externamente é opressão, geralmente para o benefício de alguns.

É na Matriz energética pessoal (você) que se pode cultivar a harmonia, em nenhum outro lugar mais. Como já dissemos isso não vai evitar os choques de egrégora, mas vibrar harmonia pessoal vai causar polarização.

Polarização é força de expressão, clareza, e consta como um poder pessoal. Isso faz com que muitas coisas se afastem de você, e outras se aproximem sendo atraídas.

Este é o efeito da polarização, e não existe harmonia sincera sem polarização. Você ouviu lendas de meditações na montanha ao som de flautas orientais e vista de montanhas.

Deixe-me lhe dizer no entanto, pois já vivo nisso há bem mais de uma década, não é disso que vem a harmonia interna.

A harmonia interna é uma decisão e uma postura diante das coisas, e não uma prática sentada, trajando lindas roupas orientais e olhando para as nuvens.

Harmonia interna é a prática de polarizar as coisas, fazer escolhas, se observar, e saber dizer NÃO e SIM, com clareza e sem culpa!

Mas o principal mesmo nesta atitude de polarização é saber escutar e aceitar o NÃO. Para isso existem algumas atitudes que você pode implementar na sua vida.

Se expressar mais, perguntar mais o que for do seu interesse, provocar o NÃO. Claro que você vai provocar o não pois está buscando por um SIM, e não porque está jogando com as pessoas.

Polarização não é um jogo, é uma prática de harmonia. Você vai fazer isso com as pessoas na sua vida afetiva, profissional, e também na sua vida espiritual.

Polarização prática pessoal:

– Abordar pessoas desconhecidas, atraentes, do seu tipo, e se apresentar, dizer o que você faz da vida, e demonstrar interesse em conhecê-las.Você receberá muito mais NÃOs do que sim, mas vai estar polarizando.

– Perguntar por alguém que tenha possibilidades de melhorar sua vida profissional por uma oportunidade. Mesmo empregos onde você não tem qualificação para tal. Para sua surpresa, muita gente consegue empregos melhor do que “merecem” assim.

– Expressar publicamente suas opiniões pessoais impopulares, e ouvir como elas soam fora de você, prestando atenção à reação das pessoas, mas se mantendo respeitoso e observante, podendo até mudar mas não se desculpar por elas.

– Manifestar algum tipo de crença espiritual ou esotérica que seja pouco conhecida, pareça loucura ou “viagem na maionese” para alguns amigos que não tenham a menor noção de espiritualidade.

Polarização prática espiritual;

– Conhecer através da leitura, podcasts ou interações uma nova forma de trabalho espiritual que você até então não tinha conhecido. Fazer pelo menos uma pergunta à quem sabe, para compreender mais o tema.

– Visitar um templo ou local de prática-culto diferente dos que tem frequentado.

– Ao entrar em contato com alguém espiritualista, dizer pelo menos duas ou três frases de filosofias ou doutrinas diferentes que façam parte das egrégoras com as quais você se identifica. Observar a reação.

Estas são atitudes polarizadoras, e o objetivo não é que você “se torne uma pessoa assim”, mas que faça esta prática com curiosidade e se observando.

A polarização vai trazer uma atitude forte que provoca admiração mas muito mais rejeição, e você vai lidar com a rejeição, seja espiritual ou física, sem drama, afinal você está polarizando, está se harmonizando.

Neste processo de calejamento você vai conhecer a pessoa mais interessante da sua vida: Você.

Creio que muito mais do meu auto conhecimento e valor meditativo veio de abordagens de pessoas que me atraíam e a interação com estas pessoas (muitas que se tornaram amigas, namoradas, amantes e uma que se tornou minha esposa) do que da prática meditativa sentada, ou religiosa.

As descargas de adrenalina, confusões em que me coloquei, sozinho na rua, as mulheres mais lindas do meu tipo, alguns homens agressivos e estúpidos, tudo isso foram personagens secundários.

Foi o contato de mim com minha atitude, meus medos, meu desejo e minhas próprias contradições internas que me geraram os conflitos mais épicos, algumas derrotas engraçadas e as vitórias mais gostosas.

O culto à harmonia é saber se controlar e manter nos conflitos, e eu não me refiro à violência, mas sim conflitos seus, próprios, ao fazer coisas que te deixam com “borboletas na barriga” e as mãos trêmulas.

É disso que se trata o Budismo da Fina Linha Vermelha, e se você quiser se aprofundar nisso, continua me seguindo no mente mágicka ou me demonstra seu interesse de alguma forma.

Estou criando algo interessante para aqueles que querem aprender esta verdadeira Arte Oriental de imenso valor prático e espiritual, e é algo que só pode ser aprofundado mesmo com alguém instruindo.

Mas das dicas acima, se você conseguir praticar nem que seja uma delas, já mostra sua vocação para este caminho.

Agora se você não quer polarizar, não se preocupe. Todas as dicas e conceitos deste artigo são válidos para você, e você pode se harmonizar com suas egrégoras internas e se conhecer, evitando choques e dramas, de muitas formas.

Se conhecer e evitar aquilo que nos é prejudicial faz parte do processo de maturação, e uma pessoa madura deveria ser capaz de fazer isso várias vezes, mas nem de longe todas as vezes, pois é impossível.

E é por isso, porque você vai se confundir, vai se chocar, e vai, após ler este artigo, se manter impávido colosso e voltar para seu eixo, sabendo que a forma como você reage à isso é assistida por toda a sua Hierarquia.

Nestas horas até os anjos prendem a respiração, os demônios aguçam os ouvidos, e todos esperamos que você, ao encontrar com uma rejeição seja física ou espiritual, demonstre o que aprendeu ao longo das encarnações e nesta instrução comigo.

Você sempre será um ponto de harmonização das egrégoras ao seu redor, e das pessoas que entram em contato com você. Nós somos pontos de harmonia, e disso se trata a arte de evoluir como uma Matriz espiritual.

Estou certo de que você entendeu muita coisa boa, mas não tudo, pois algumas informações são passadas de forma esotérica aqui, e estão nas entrelinhas. Você provavelmente vai ter que ler esta instrução mais de uma vez.

Leia. Magista com preguiça não é ponto de harmonização, e sim de obsessão. Leia esta e outras instruções do site, e mais do que isso…

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