TDAH: O chamado Dos Espíritos

Quantas vezes te disseram que seu cérebro é um erro? Que sua distração era inadequada, sua reação constrangedora? Que seu foco, sua intensidade, seu sentir demais era… doença?

Bem, pouco importa se você guarda laudos ou coleciona estigmas, leia até o final para descobrir que:

O Que Eles Chamam de Transtorno — Nós Chamamos de Poder!

O Caos e o Chamado:

Algum dia do primeiro trimestre de 2009. Eu, com dezoito anos recém completados, estava sentado em um divã bege numa clínica em Botafogo, Rio de Janeiro. Eu estava ali não porque alguém me enviou, mas porque eu pedi, implorei e paguei (tudo que minha família tinha na época) para fazer terapia.

Na minha frente o psiquiatra e terapeuta formado na Alemanha, Doutor H, em uma cadeira muito mais simples do que a minha poltrona, me dava um diagnóstico no mínimo irritante. Eu “sofria” de “Síndrome de Asperger”.

Enquanto que hoje em dia diagnósticos e laudos viraram status de Bio no Instagram (me segue lá!) e justificativa para pessoas inconvivíveis continuarem a encher o saco dos outros, na época qualquer coisa do gênero ainda era considerada um desastre e um estigma para o resto da vida.

Falo “na época”, porque tudo mudou muito nestes quase dezessete anos desde então. Hoje em dia, Síndrome de Asperger não é mais sequer termo médico, foi substituida há doze anos atrás pelo termo TEA 1 (transtorno de espectro autista nível 1, o mais leve). Também nem se usava a sigla TDAH, apenas seu correspondente ADHD, pois hiperatividade era considerada um transtorno infantil.

Este parágrafo me fez sentir tão velho que tive dor no joelho.

Voltando ao meu divã, eu estava agora apreensivo, talvez meu pai tivesse razão e eu estivesse apenas desperdiçando o dinheiro da família, que mal tinha para as necessidades básicas, para ficar ouvindo besteira; talvez eu realmente fosse “doido”, e a perspectiva de um laudo de “fracassado” me irritava enquanto me lembrava de cada vez que fui chamado de “esquisito” ou me senti inadequado na vida até então.

Tudo isso eu pensei num lapso de segundo enquanto olhava para os sapatos do doutor H, que eram de couro, muito bonitos, e prometia para mim mesmo que “quando crescesse mais” iria usar sapatos assim.

O Doutor H ainda estava abrindo a boca para dizer os sintomas, e eu me preparava estrategicamente para negar cada um deles porque sabia exatamente que ele iria citá-los para uma possível identificação. Cada citação olhando por cima dos óculos vermelhos ridículos (eu só gostava dos sapatos) vinha como uma sentença:

– Isolamento Social

Na minha mente veio a imagem de quando nos recreios da escola eu ficava no corredor me isolando por conta própria. Lembrei da tristeza no rosto da minha mãe quando uma professora despreparada do colégio público disse a ela que eu era “inadaptável” e “problemático” citando que ela me via no corredor isolado, de pé, na hora do intervalo.

– Distanciamento emocional:

Pensei como muitos tentavam ser meus amigos, mas era impossível. Era como se viéssemos de mundos diferentes (e vínhamos), eu não tinha interesse nem paciência por muito tempo neles. Só nas meninas, mas tinha pavor delas também nessa época, fui o único que terminou o segundo grau sem “pegar ninguém”.

– Dificuldade de fazer apresentações:

Bingo. Eu passava mal antes de fazer apresentações em público, desde coisas tipo cantar até mesmo um simples trabalho na frente da classe era uma tortura. Eu tinha que me esforçar o triplo dos outros simplesmente para estar ali, não era raro que eu vomitasse de nervoso horas antes.

– Múltiplas funções mentais que se alternam sem prioridade, pensamentos mistos acelerados:

Pensei: Estes sapatos do doutor H são bonitos, mas definitivamente não combinam com jeans claro. Estou com fome, espero que minha mãe tenha feito arroz de frango para o almoço. Minha irmã é linda. Eu sou bem normal quando quero, é só que eu não tenho tido vontade ultimamente.  

– Hiperfoco em poucas coisas de muito interesse em alguns momentos:

Eu era capaz de escrever e sentir totalmente o que estava escrevendo; ouvia música sentindo pulsar por dentro de mim, o que fazia lugares barulhentos demais me causarem dor física real, por dentro do peito onde ecoa a música ruim. Me daria bem numa noite dos anos 80, mas definitivamente nas noitadas com essas músicas de agora não.

– Comunicação não verbal prejudicada

Eu não me lembrava até então (dezoito anos) de ter olhado nos olhos de ninguém na vida (que estivesse fisicamente presente), a não ser nos da minha irmã de três anos de idade. Eu olhava para a boca das pessoas.

– Criação de um mundo próprio, quase que uma realidade paralela

Eu decidi que não podia abraçar este bônus-esquizofrenia quando lembrei que as minhas visões na infância, de espíritos, vultos, gente morta e demônios poderia ter muito bem a ver com isso.

Na minha cabeça eu estava recebendo meu diploma de fracassado, que explicava vários dos motivos pelos quais eu estava lá (os outros eram culpa do meu pai). Todos os sintomas citados estavam certos, e eu estava bastante irritado com o doutor H por esta “violação”.

Se estava ruim, podia piorar. Uma vez por mês eu trazia para a sessão uma personalidade, filme ou livro que tivesse significado para mim, para dissecar junto com o doutor H, e era semana de fazer isso. Eu tinha trazido ninguém menos que Giacomo Casanova.

Doutor H ouviu pacientemente com um sorriso enquanto eu, reanimado, falava do livro que havia lido sobre Casanova e do filme que havia assistido sobre ele. Eu queria ser assim também.

Ele viveu tudo que eu queria mas não fazia na época…Era um Mago, namorava mulheres bonitas, sobrevivia à duelos, viajava e falava várias línguas. Eu não tinha a menor ideia de que faria tudo isso (em ainda maior qualidade e quantidade) anos depois, até porque estava recebendo um veredito de que jamais o faria.

O meu eu jovem, oprimido pela figura fraca do pai, precisava de figuras fortes, mas saiu humilhado pela “comparação”.

Quando terminei, Doutor H me olhou com compaixão, me explicou que eu não deveria me dar arquétipos de persona tão distantes da “minha situação”; que aquilo jamais aconteceria na minha vida com as minhas características do transtorno e timidez.

Ele disse com um sorriso compreensivo que era impossível, e que eu deveria focar em fazer uma faculdade, onde conheceria colegas legais que me apresentariam para outra colega, “a Flávia”. E prosseguiu:

Eu chamaria a Flávia para fazer trabalho comigo, depois para um cinema; explicaria minha timidez e dificuldade de comunicação, ela entenderia e “me aceitaria”; aos poucos a pediria em namoro e começaríamos um relacionamento, eu e Flávia. Para ser sincero, eu nem conhecia essa tal de Flávia mas já estava com ódio dela.

Eu cheguei com um Casanova e o cara me empurra uma Flávia medíocre pela goela. E quando a Flávia decidisse me deixar, ou eu mesmo não quisesse mais ficar com ela? O que faria? Choraria num canto isolado vendo o por do sol? 

Nem preciso dizer que o mês seguinte não foi pago. Saí com um diagnóstico e muita raiva da última sessão ali. Iniciei um período difícil (e intenso) de “busca de mim mesmo”, e como eu já tinha dezoito anos valia tudo: Bebida, substâncias legalmente proibidas, espiritualidade, anjos, demônios, Xamanismo e….Ayahuasca onde eu finalmente me encontrei.

A Ayahuasca não apenas me mostrou que uma coisa pode ter vários nomes, como que a mesma coisa pode ter vários significados, e que ressignificar uma coisa muda totalmente a forma como lidamos com ela. Uma coisa ruim pode se transformar em Poder.

Aliás este encontro com o terrível, com um animal perigoso ou um espírito assustador, era um frequente psicodrama e iniciação espiritual promovidos por esta medicina. Quem consegue sobreviver ao encontro com o Medo e o Terrível ganha poder sobre isso.

Eu comunguei numa escola iniciática e prestei atenção em cada palavra do mestre quando ele dizia que as visões do profeta eram seguidas, e a sabedoria do Xamã era requisitada, e o que diferenciava a miração da ilusão é o significado dela, o que o símbolo consegue traduzir. Imaginei que tipo de diagnóstico profetas e xamãs teriam, mas não precisou pensar muito.

Ali recebi um senso de missão, e algo que não entendi à princípio. Eu não era “autista” (como desde aquela sessão me chamava meu pai), nem doido, nem fracassado. Recebi a instrução de que era “médium”, mago, e andei perdido, confuso, mas agora estava sendo iniciado no meu próprio espírito e caminho.

Comecei a frequentar aquele lugar, Arca da Montanha Azul (e o faria pelos próximos anos todos), e logo no teceiro trabalho recebi o convite de alguém para ir numa sessão espírita no grande Templo Tupyara.

Fato é que eu aceitei para ver do que se tratava, e quando passei pela segunda vez na corrente do Templo, o dirigente (na época chamado de Getúlio), com uma voz poderosa e retumbante (já que estava incorporado) deu um grito: – MÉDIUM! – Uma confirmação muito alegre para o meu eu da época.

Recebi um cartão de desenvolvimento mediúnico pelas mãos de um cambono, fui até a secretaria para receber um livreto de médiuns e me inscrever no desenvolvimento; passei a frequentar a mesa de chamada dos espíritos (que na época era absurdamente intensa).

Isso tudo veio antes de Kimbanda e espiritualidades Orientais na minha vida, coisas que eu ainda não poderia entender, foi meu início. Lembro até hoje como eu, tão jovem, segurava o cartão de médium chorando, pois meu “diagnóstico” havia sido oficialmente trocado.

Mentalmente, peguei o diagnóstico de doido e fraco (dado por “papai querido”), o diagnóstico de autista (dado por “Doutor Flávia”) e os mandei para seu devido lugar.

Eu era médium, um espiritualista livre, eu tinha um chamado e algo legal para fazer. O resto é história, pois já se passaram dezesseis anos e tanto eu quanto meus caminhos espirituais mudamos muito neste tempo todo.

Quantas pessoas não foram chamadas assim, no meio do Caos? Será que você também teve seu chamado confundido com um diagnóstico ou um estigma? 

Você sabia que remédios não curam TDAH, autismo e coisas do gênero, apenas ajudam a conviver com isso? O real convívio com este tipo de coisa, no entanto, pode não ser apenas se fechar em atenuadores de sintomas, mas se abrir corajosamente para um chamado de algo pouco compreendido e essencial: a sua espiritualidade, a sua Magia.

Bem, deixa eu te explicar tudo isso nos próximos capítulos desta instrução.

A Visão Espiritual: TDAH, Autismo e o Corpo Energético

O que nos diferencia dos espíritos é o fato de termos dois corpos a mais, o corpo físico e o vital. O Vital é um corpo energético que anima o corpo físico com energias do corpo astral, que é o espírito, e é formado pelo resultado da interação disso com a psicosfera).

Psicosfera = A realidade astral, um conjunto de planos astrais que interagem com nosso plano, onde as realidades se misturam, é algo como o “campo astral” do ambiente. Dentro de cada psicosfera existe uma parte pequena do inconsciente coletivo que se liga a todas as outras em sua essência.

O corpo vital de algumas pessoas absorve e acumula energia em excesso, gerando ansiedade, hiperatividade, confusão sensorial. Isso não é defeito — é um campo energético em erupção tentando achar direção. Tudo está no corpo vital.

Quanto maior a capacidade de captar a psicosfera a pessoa tem, mais “sensitiva” ela é, e isso tem vários efeitos colaterais na vida aqui e agora.

Esta influência no corpo vital gera uma sensitividade no corpo físico, que se não for muito bem compreendida, elaborada, estudada e praticada, inevitalmente se torna prejudicial e fonte de constantes constrangimentos.

Alguns amigos das searas mais “de luz”, creem que esta é uma forma de a espiritualidade fazer chamadas irrecusáveis para garantir que algumas pessoas voltem-se para esta área. Para mim, que não sou de luz (de Lucifer até vai), isso é simplesmente consequência óbvia de uma condição, como calos nos pés de bailarinos.

Sensitividade não garante nada espiritualmente, perturba muito, pode ser incapacitante dependendo do nível, e por isso precisa ser mais ensinada em nosso meio espiritualista e esotérico, mesmo que muitas vezes se disfarce de diagnósticos (TDAH, TEA e afins). A maioria das pessoas sensitivas continua vivendo como zumbis de suas próprias ordálias espirituais.

Waldo Vieira: Muito antes de falarmos em TDAH, Waldo falava de taquipensenidade.

Me livrei de grande parte do que me preocupava em relação à meus sintomas serem “ruins” com a minha experiência de vida, mas um diagnóstico de TDAH extremamente agudo ainda seria certeiro para mim, e não me assustaria nem um pouco.

TDAH = Taquipensenidade, pensamento e energia acelerados demais para a densidade física.

Eu tenho taquipensenidade e conheci vários espiritualistas e ocultistas com a mesma característica. Um deles, inclusive, o famoso Luiz Gasparetto.

Taquipensenidade é basicamente o que se fala de TDAH hoje em dia: Pensamentos muito acelerados, misturados e sem ordem, hiperfoco em poucas coisas e super sensibilidade física à estímulos, o que pode variar, desde estímulos visuais, cinestésicos, até mesmo músicas e sons diversos.

A mente taquipensênica tem abertura maior aos “barulhos” da psicosfera, capta mais informações, é muito perceptiva, e pode desde compreender coisas complexas por meias palavras e antes da explicação, até colocar em palavras as noúres (ventos de informação do astral), canalizando-as em nossa dimensão.

“Noúres” é um termo grego que aparentemente eu adorava na minha outra encarnação, junção de “nous” (pensamento) e “rhéo” (correr, fluir), significando “correntes de pensamento”, são formas astrais de informação.

A função principal do taquipensênico é lidar com as noúres; a missão dessa pessoa é traduzir noúres em símbolos e instruções úteis. Quanto mais se faz isso, mais se mitiga os constrangedores efeitos colaterais (TDAH) desta condição.

O primeiro passo para uma mente mágicka, não é tentar colocar-se dentro das fórmulas do normal, mas saber usar as próprias características de forma útil e não prejudicial a si.

De igual importância é o “espectro autista”. Eu costumo confiar em quem lê o Mente Magicka mas nunca é demais explicar que existem diversos tipos de autismo, e alguns são realmente dementadores, eliminam a capacidade mental da pessoa. Tudo em excesso é dementador, ainda mais efeitos colaterais de sensitividade e condições psico-espirituais.

TEA (Transtorno de Espectro Autista, em níveis variáveis) = Deslocamento de egrégora, o espírito que vibra em outra sintonia, fora do coletivo comum.

No caso do TEA, o que ocorre é um deslocamento de egrégora; um espírito que entra numa nova hierarquia; o espírito pode ser Entrante desde numa família, num tipo de espiritualidade que lhe é estranho, até mesmo em esferas de existência, planetas e raças diferentes (da humana).

Antes que você diga que prefere o diagnóstico de TEA do que o de alienígena, saiba que esta é uma possibilidade que realmente acontece e que, nesta época, está mais comum do que em qualquer outra anterior. Nestes casos a pessoa pode ter problemas com sexo e funções básicas do corpo humano (comer, beber, dormir, ir ao banheiro), variando do desprezo e nojo até a compulsão sem chegar num consenso.

O papel de uma pessoa com TEA vai ser reunir as pistas de ser Entrante do quê, pois as variações são muito grandes. Um espírito entrante numa família (por esta encarnação) pode receber tantos choques energéticos (especialmente quando a dimensão de que veio é muito diferente) que não conseguirá desenvolver uma consciência funcional básica.

Isso não significa em nenhum dos casos citados neste capítulo de que se é mais evoluído do que os outros. Evolução é tipo beleza de filho, vai ser maior nos olhos de cada mãe. Então no conceito evolutivo de cada esfera de existência, egrégora, isso varia muito.

Entrantes podem ser pessoas de fato mais sofisticadas, porém podem ser também negativos. Como já citados aqui no Mente Magicka antes, existem entrantes que desencarnam a família inteira em que vieram; suspeito até de que alguns destes tenham entrado já para isso.

Espero que você tenha entendido como os efeitos colaterais aparecem como diagnóstico, mas diagnosticar os sintomas não explica nem muito menos trabalha a causa. Se trata de uma busca de si, da própria espiritualidade e desenvolvimento do próprio Poder.

Todo poder começa com consciência, é o primeiro passo. Meu objetivo com esta instrução é te ajudar a dar o primeiro passo e se tornar consciente disso. O caminho é muito longo, feito de iniciações e instruções, e requer todo o tempo que você terá nesta vida. Portanto ter pressa é se frear.

Adendo:

Não advogamos neste artigo em nenhuma hipótese, que se deva largar repentinamente os atenuadores (remédios) dos efeitos colaterais que tem o nome de “doenças”.

O que falamos é que quem toma remédio está, muitas vezes com necessidade e razão, controlando os danos já causados e presentes por estas condições, isso é aceitável, mas não é a única coisa que deve ser feita!

É como tomar Imosec para diarreia, é para segurar, para não passar vergonha; remédios não curam estes problemas, o que ajuda mesmo é saber conviver com isso e até utilizar a seu benefício, e o remédio pode ser PARTE essencial deste processo em PARTE das situações.

Portanto se este for o seu caso, não deixe de tomar seus remédios nem de se cuidar na parte física, ela é essencial, afinal você está neste corpo e aqui estará, enquanto aqui estiver…

A Dor do Despertar

Um despertar espiritual pode ser tudo menos um “céu de brigadeiro”. Apesar de histórias lindas no inconsciente coletivo vindas de antigos contos religiosos, o despertar dificilmente acontece com reconhecimentos e coroações, sendo isso, na melhor das hipóteses, um resultado póstumo ao despertar e todos os seus desafios.

O despertar, ao contrário da “iluminação”, geralmente é marcado por medo, ansiedade, super sensibilidade corporal, e confusão emocional.

No passado, quem nascia assim não tinha escolha: ou se tornava mago (muitas vezes religioso), ou enlouquecia.

Quem tinha algum tipo de sensitividade tinha menos opções de diagnóstico, menos opções de caminhos diferentes para desenvolver e expressar essa sensitividade, porém muito menos confusão de informações contraditórias e estímulos físicos que pioram e alardam os efeitos colaterais disso em nossas vidas.

Nos tempos de hoje não temos apenas laudos, mas uma sociedade muito mais estimulante no marketing de qualquer coisa, nas mídias, expectativas e formas de se viver.

Na espiritualidade não é diferente, muito pelo contrário, existe todo um marketing digital para isso, mas não pode ser uma desculpa.

Podemos nos esconder atrás da falta de certeza nos caminhos, exibir diagnósticos, bulas e remédios, justificar nossas ordálias como se fossem problemas insolucionáveis que os outros devem aturar, ou nos trabalharmos com consciência magísticka.

A consciência, o primeiro passo para qualquer tipo de poder, vai se dar no reconhecimento de que a dor, a irritabilidade, a impulsividade e o “caos mental” são sintomas do espírito pedindo canalização. Não é sobre “cura”, é sobre direcionar o fluxo.

Como direcionamos o fluxo de uma energia que não vemos nem calculamos, apenas sentimos e vivenciamos os resultados disso em nossas vidas?

A Necessidade de Caminho 

Para nós, sensitivos, que trazemos os chamados espirituais e as capacidades mediúnicas como agonia no próprio corpo, perturbação na mente e efeitos diretos na vida, não existe o luxo de ser ignorante.

Ignorar a própria condição significa uma vida condenada à problematização da mesma condição e à vitimização de si, tornando sementes de poder em justificativa de fraqueza.

É essencial “domar o touro à unha”, aprender novos hábitos, admitir que a imaginação nem sempre é criação mental, entrar conscientemente no que os outros empurram para a inconsciência, e isso é feito através do caminho espiritual.

Em nosso caso, a Magia e os caminhos espiritualistas não aparecem como opção de saber, mas como um processo terapêutico de auto descoberta e libertação quando BEM INSTRUÍDA.

explicamos detalhadamente neste artigo que o caminho esotérico, ocultismo e magia, bem como religião de qualquer tipo, podem sim estimular a mente perturbada, e perturbar a mente que se julgava bem estruturada, levando à loucura e à problemas emocionais graves.

Uma das necessidades e condições que apresentamos para que isso NÃO aconteça é a mesma que apresentamos aqui como parte essencial de seu Caminho: ter pessoas que possam lhe instruir!

Bons instrutores valem mais do que ouro; não vão resolver problemas ou viver ordálias em seu lugar, mas evitar muitas dificuldades desnecessárias (a maioria) e te ensinar a lidar com as que fizerem parte do caminho, ao mesmo tempo que organizam suas vivências em experiência.

O caminho de quem sente mais do que os outros não está em esperar desencarnar enquanto toma remédios para mitigar sintomas, mas está em viver seu chamado em Magia, Mediunidade e Treinamento.

É preciso se abrir para as possibilidades de tudo que sente e imagina, e não lutar contra como se disso dependesse sua sanidade. É preciso também se entregar em diversos momentos, confiar no processo; a tentativa de controlar as coisas nessa área inevitavelmente gera massiva e frustrante ansiedade.

Sua sanidade depende de recuperar o auto respeito e ressignifcar seus sentimentos e suas diferenças tidas por inadequação.

O primeiro passo para isso é ver o que te acrescenta conteúdo, e aqueles que podem te guiar até isso neste meio esotérico.

Como o mesmo “meio” está marketizado demais e cheio de pessoas problemáticas mascarando seus problemas mentais como Poder (fazendo o contrário do que você faz), isso exige atenção e tempo.

Encontrar os instrutores com quem você se identifica e tem o que te acrescentar, é sempre um passo mágicko por si só, mas é com passos mágickos e paciência que se avança neste caminho.

O(a) magista moderno(a) precisa de disciplina, estudo e prática, e quando falo magista me refiro à todos os que conscientemente trilham o caminho da espiritualidade e do Poder.

Magista de hoje em dia que não gosta de estudar é lanche espiritual de obsessor ou lanche financeiro de gente superficial com bom marketing.

O segundo foco deve ser na energética, estudando como a energia das coisas nos afetam, e como afetamos as energias de pessoas e coisas ao nosso redor. Vivemos dentro de matrizes energéticas formadas por campo astral, vital e físico.

Para saber mais sobre matrizes energéticas e egrégoras, temos também um instrução completa neste link.

No campo astral está tudo que é espíritual, no campo vital tudo que é energético e pode interagir com o físico (ou seja, que está no meio do caminho), e no campo físico está tudo que é denso o suficiente para ser apalpado, a matéria do nosso plano de existência temporária.

O terceiro foco para início de seu caminho vai ser o exercício de práticas que canalizam a energia espiritual para o plano material: Exercícios de respiração e enraizamento. Estado Vibracional. Trabalhos mediúnicos ou mágicos regulares. Ritual como estrutura da mente caótica. A magia será a terapia da alma sensitiva e não a causa da perturbação de uma mente que se considerava sã.

Ensino tudo isso em outros artigos, em vídeos no instagram e mais detalhadamente no Círculo Secreto de material e nas jornadas de aulas.

Agora, sinto que a instrução seria incompleta se pelo menos eu não ensinasse algo do tipo aqui. É por isso que eu vou te ensinar agora um exercício muito importante de enraizamento ou ancoramento de energia.

Exercício

Sente-se confortavelmente. Eu sei que muitos dizem que você deve ficar com a coluna reta, mas eu quero que você relaxe. Não é necessário ficar ereto como um Buddha, apenas não pode ficar com seu corpo curvado, pois naturalmente fecha centros de saída e entrada de energia que temos ao longo do plexo solar e da coluna.

Repouse as palmas das mãos sobre as coxas, retire os sapatos e coloque os pés no chão. Inspire fundo pelo nariz, puxe o ar até a barriga e solte também pelo nariz devagar, mesmo que sinto ânsia para retirar todo o ar.

Faça isso por um tempo, não muito. Dois minutos de respiração consciente é mais do que suficiente para trazer sua atenção para seu corpo.

Levante as suas mãos que estão repousando em suas pernas para a altura dos ombros com as palmas ara fora (em direção à frente), com as costas das mãos tocando o espaço entre seus ombros e o peito.

Sinta a energia acumulada no seu peito enquanto faz o movimento de empurrá-la para frente, empurre com as mãos, trazendo-as cerca de uns trinta centímetros para a frente, como quem empurra. Faça isso três vezes e se permita sentir o “Delocamento Energético”.

Coloque as mãos nas suas coxas, como antes. Sinta seu corpo energético pulsar. Agora traga mentalmente está energia do seu corpo todo para o seu pé. Projete a energia enviando-a pela vontade e a imaginaçao, e veja como a energia realmente “aterra” embaixo das solas do seu pé.

Respire três vezes. Sinta a diferença. Este é um exercício muito simples e importante, que pode ser feito duas ou três vezes por dia para quem sofre de caotismo energético, ansiedade (que nem sabe de onde vem) e desorganização mental. É apenas um grão de areia do caminho, mas uma boa introdução.

Conclusão – O Diagnóstico Como Chamado 

Agora que já compreendemos que nem tudo que é chamado de defeito é realmente prejudicial, nem tudo que é diferente é “ruim”, e nem tudo que parece normal é bom, espero sinceramente que não aceite mais rótulos negativos em cima de você.

Se te chamaram de doente, é porque você sente o que o resto do mundo não ouve. Você não é defeito do sistema. Você é o sistema tentando acordar.

O Mente Magicka é o espaço dos desviantes, dos sensitivos, dos despertos que não cabem em laudos.

Então se você se reconheceu nessas linhas, entre no Círculo Secreto do Mente Magicka. Aqui a sensibilidade vira poder, o diagnóstico vira ferramenta, e o caos se transforma em criação; tem posts restritos, chat, lives e aulas.

Te vejo numa jornada de aulas, num aulão, no Círculo Magicko, em outra instrução do site ou post do nosso Instagram, quem sabe até numa consulta, e independente se você ainda vai me ouvir ou não, que possa através desta instrução ouvir o chamado do seu espírito, muitas vezes confundido em diagnóstico e perturbação.

Eu sou Martin, o Frater Aquarius, e compartilho dessas águas contigo.

Fiat Lux

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