Fantasmas são ecos — restos de energia, memórias que se recusam a partir, presenças que nos lembram que o invisível também pesa no mundo visível.
Nem sempre são espíritos conscientes, mas o medo e a atenção que damos a eles os tornam mais reais e mais fortes.
Venha aprender sobre fantasmas, seu significado, o que são e como se proteger em mais uma instrução do Mente Magicka, aberta para você!
Você aprenderá:
O Festival dos Fantasmas na China
No décimo quinto dia no sétimo mês do calendário lunar chinês, aqui na China, local em que me encontro quando escrevo, acontece o temido Zhong Yuan jie (中元节), o dia dos fantasmas ou festival do crepúsculo.
Em 2025, este dia cairá no primeiro sábado agora de Setembro do nosso calendário ocidental, e por isso este estudo não poderia ter outro tema.

Neste sábado do Festival dos Fantasmas, quando se diz que os mortos voltam a caminhar entre os vivos, a linha entre o mundo dos homens e o mundo das sombras fica mais fina do que nunca.
Não é um dia de comemoração como Halloween (que não existe por aqui), nem um dia para honrar os que partiram como o dia dos mortos que temos no Brasil e o dia dos finados que aqui se chama Qing Ming Jie (清明节) e que é um feriado de dois dias.
O Zhong Yuan Jie (中元节) é o dia das almas penadas, dos que não foram, os fantasmas. Durante o dia a vida é normal, alguns trabalham, outros saem para almoçar com suas famílias, alguns namoram outros buscam amantes, mas de noite…

O dia dos mortos é um feriado na China, um momento de pausa para lembrança dos que se foram. Já o dia dos fantasmas é um dia normal, sem feriado ou festa, e ainda dá medo na maioria.
Para ser muito sincero, eu não costumo sentir qualquer mudança na atmosfera neste dia, e como médium, costumo considerar a hora do almoço em dias úteis no bairro empresarial ainda mais pesada e repleta de “encostos” do que qualquer cemitério e dia dos fantasmas.
Mas, pela data, vamos hoje te instruir em algo que você com certeza já se perguntou…
O que são Fantasmas?
Primeiro, para falar esotericamente você tem que aprender a diferenciar espírito e fantasma:
Espírito = consciência ativa (pode interagir, ensinar, até assediar). Pode ser benéfico ou prejudicial. Pode ser alguém que encarnou e morreu, pode ser um ser que jamais encarnou. Pode ser uma entidade (espírito renascido de uma deidade) ou pode ser um morto confuso e perdido, até malicioso. Tem consciência espiritual (alta ou baixa, depende do ser).
Fantasma = casca, eco, sombra energética que repete padrões. Nem todo “fantasma” é perigoso, mas pode drenar energia só por insistir em seu looping, em uma repetição.Fantasma é todo tipo de repetição energética prejudicial, algo que não vai para frente, não evolui. Pode ser uma pessoa que já morreu, e muitos o são, mas este é só UM tipo de fantasma. Nem todo fantasma é espírito, e nem todo espírito é fantasma.
Na visão ocultista, fantasmas não são “almas presas” necessariamente, mas muitas vezes resíduos energéticos, memórias de dor ou apego. Lugares e pessoas podem segurar essas impressões no astral. Desencarnados muitas vezes também seguram estar impressões no astral. Isso explica porque certos pontos ficam “assombrados”.

Um fantasma é uma assombração. Pode ser desencadeado e representado por um ESPÍRITO, ou apenas um movimento energético de alta intensidade em looping.
Uma casa mal assombrada ou um fenômeno poltergeist muitas vezes NÃO TEM espíritos envolvidos, mas sim fantasmas de memórias, emoções e repetições energéticas no astral que criam um padrão de repetição de acontecimento. O fantasma age nesta ponte entre nosso mundo e os outros.
Um exemplo é a famosa Freira do Palacete Rosa, no bairro do Ipiranga em São Paulo. O Luiz Gasparetto (com quem estudei por anos enquanto estava no Brasil, e ainda online depois de vir para a Ásia) era apaixonado pelo Palacete Rosa.
Ele teve um processo de manifestação de anos para adquirir aquele casarão, e a primeira coisa que fez foi mandar fazer uma restauração bem como uma reforma para misturar o histórico e o moderno.
Acontece (e ele mesmo narrava essa história) que nenhum pedreiro conseguia ficar ali, e os empregados não queriam dormir no casarão. O motivo eram barulhos, vozes e passos, mas principalmente uma mulher vestida de freira que andava por um determinado corredor e fazia sempre o mesmo percurso.

O Gasparetto, como medium, logicamente tentou primeiro uma comunicação, mas nada respondia. Já frustrado com a ausência de interação e reatividade da aparição, ele recebeu de outros espíritos amigos a mensagem de que aquilo não era um espírito.
Ele estava diante de um “miasma”, uma memória astral que ficou gravada por um espírito que ao partir continuou repetindo o mesmo caminho como que num sonho, mas que já tinha ido embora, e no entanto sua impressão energética ficou ali, como que gravada na zona crepuscular entre o nosso mundo e o sobrenatural.
Gasparetto então chamou outro colega que fazia limpezas de casa, um umbandista. Eles procederam limpando o local, e após algumas sessões de limpeza, a aparição cessou. Sem interação, sem encaminhamento, nada, apenas uma casca astral.
Esta história ilustra bem a nossa lição desta instrução, um espírito pode ser neutro e até uma entidade e não um fantasma, e um fantasma pode ser uma sombra energética e não um espírito. Mas sim, existem muitos casos onde espíritos são fantasmas, geralmente quem é médium consegue interagir com eles, pois são forças conscientes nestes casos.
No ocultismo, fantasmas também são criados ou reforçados pelo inconsciente coletivo, ou até mesmo pela força concentrada de um magista EXPERIENTE, como no caso dos servidores. Se você não sabe o que são servidores ou servitors, após esta leitura aprenda aqui neste link.
Quanto mais medo e crença em fantasmas em certas culturas (como a chinesa no dia dos fantasmas), mais forte o campo egregórico que dá forma a essas manifestações. E por isso pode ser um dia muito propício para quem trabalha com fantasmas e espíritos em geral.
Pode também ser um dia assustador para quem, como eu era no passado, tem uma sensitividade e não consegue lidar ou compreender a mediunidade no dia a dia, fora de um contexto assustador ou religioso.
É muito importante saber que o fantasma existe dentro e fora, e que controlar, se harmonizar e limpar os fantasmas que trazemos dentro de nós, pode impedir sua manifestação fora de nós, em nosso mundo.
Como você tem lidado com seus fantasmas?
Minhas experiências com fantasmas
Se você me acompanha há algum tempo já sabe, eu tive uma infância devastada por falta de informação e cuidado mediúnico. Desenvolvi o chamado “terror noturno” (e dormir, até hoje não é um dos meus fortes).
Visões de fantasmas, contatos com gente morta e que apareciam e desapareciam em segundos, ou que colocavam os rostos nas quinas das paredes como que me espiando e quando eu olhava desapareciam, eram uma constante para mim.
A incompreensão e o fato de não me dar nada bem com meu pai só pioravam o fato. Eu era chamado de fraco, louco, menina (para um menino pequeno isso é xingamento sim), merda (adjetivo e não substantivo), otário e outros qualificadores todos os dias, um bullying constante.
Eu era “diferente” mas não sabia exatamente no quê nem por quê, e por isso tentava desastrosamente agradar aos outros e me adaptar, mas muitas vezes o resultado era desastroso.
Tudo piorou quando meu pai adoeceu mentalmente (de vez) e a família dele caiu em pobreza profunda, o que devastou o resto da minha infância e toda a adolescência, e para ser honesto, é uma ferida que acho que ainda não fechou.
Passei a estudar em colégio público, era humilhado pelos antigos colegas na rua, não tinha roupas (vestia uma calça do neto de uma senhora da igreja dois números maior) e tinha dias em que meus pais só tinham dinheiro para nos dar uma única refeição.
Nesta época senti muito abandono, impotência, humilhação, perdas e um senso de inadequação e culpa (não sei porque me senti culpado) e isso demorou muitos anos para ser compreendido e trabalhado (e continua a ser).
E tudo isso começou, ao menos para mim, no fato de que eu percebia outras “pessoas” e coisas nos ambientes, mas não conseguia saber o que eram, apenas que me causavam “dor”, pois não eram processados como informação, e sempre resultavam em eu ser chamado de maluco, mentiroso ou covarde (essa era a que mais doía, pois eu posso ser medroso, mas covarde jamais fui, sou muito corajoso).
O mais irônico é que o primeiro livro que eu peguei em mãos na vida foi “o evangelho segundo o espiritismo” que ficava dentro de uma gaveta na cabeceira da cama dos meus pais! Eu sei o título porque o livro nos acompanhou por algumas mudanças, mas nunca tive interesse em ler, tinha receio de ser a mesma coisa bíblica que aprendia nas aulas de catecismo na escola (e é).
É difícil falar da infância, e claro que eu também tenho boas memórias como alguns natais quando era bem pequeno, e quando uma menina chamada Verônica me pegou pela mão e disse que ia ser minha namorada quando eu tinha três anos, ou quando fui num evento de cultura oriental pela primeira vez sozinho e comi sushi.

Mas este não é o foco deste artigo, são apenas alguns dos meus fantasmas. Veja você que os fantasmas, como já dito, existem sempre dentro e fora de nós! Mas para voltar ao tema do festival dos fantasmas, deixe-me lhe contar dois casos de fantasma que foram os mais marcantes da minha infância:
O fantasma do 511
Eu chamo assim porque 511 era o número do apartamento. Meu pai decidiu se mudar da casa onde morávamos com minha avó e outro tio, um apartamento enorme e alugou outro no mesmo condomínio mas outro bloco, de número 511.
Este número não é bom, já que o 5 é um número eliminador, de ação de quebra, e o 11 é meu número da sorte (seria 9 de acordo com a numerologia, mas o que importa é o que eu sinto).
Fato é que não demorou muito para que as coisas ficassem esquisitas. Eu, sempre apavorado, só conseguia dormir quando não aguentava mais ficar acordado, ou se tivesse algum adulto (encarnado de preferência) no pé da minha cama.
Diversas vezes mas não toda noite, as exatas três horas da manhã as torneiras do chuveiro e as torneiras da pia do banheiro abriam simultaneamente ao máximo que podiam, e a água começava a jorrar forte, sempre no meio da noite.
Foram chamados encanadores que sempre diziam “deve ser problema na carrapeta”, e trocavam a carrapeta, mas na segunda vez que eram chamados coçavam a cabeça com cara de bunda e diziam que então não sabiam o que era, devia ser porque o apartamente era velho.
Eu sempre via sombras pela casa, e dormia com meu irmão no quarto ao lado do banheiro.
Foi numa manhã de domingo que eu ia levantando para urinar quando vi uma sombra sair do banheiro. Imediatamente voltei para a cama correndo, e sentei no travesseiro, tentando o máximo possível ficar distante da porta.
A sombra foi tomando forma e surgiu um homem de uns sessenta anos, não tão velho, todo vestido de militar da marinha (não sei a patente ao certo, mas parecia alta). Ele arrumava a própria roupa, como quem se certifica de estar apresentável.
Ele já praticamente materializado (porque continuava esfumaçado e meio sombra) parou na porta do quarto, olhou para dentro, mas não entrava, ele só ficou na porta. O objetivo dele parecia realmente apenas que eu o visse.
Quando hoje em dia ouço algum relato deste tipo, e alguém diz que duvida porque não foi filmado ou a pessoa não pegou o celular para bater foto, eu entendo totalmente a pessoa que viu.
Na época, nem celulares existiam ainda, mas o grito infantil já existia desde que o mundo é mundo, e eu queria gritar mas não conseguia. Algo me dizia que não deveria gritar, nem chamar ninguém, nem acordar meu irmão que dormia na cama ao lado, nada. Eu apenas observei boquiaberto.
Isso aconteceu em 1997, eu tinha seis anos de idade, e este fantasma eu não contei para ninguém, nem familiares, nem amigos, até ficar adulto quando consegui contar dando risada da situação (o cara tava se arrumando, fechando os botõezinhos da roupa ectoplásmica para aparecer para uma criança de seis anos, hahaha).
Este fantasma era um espírito também. Ele tinha consciência, chamava a atenção e tentava se fazer notar e perturbar quem podia para mostrar que a casa era dele e ele continuava ali.
A Menina do Cachorrinho
Outra que nunca contei para ninguém, talvez tenha mencionado para minha avó quando era criança, não lembro, mas só dizendo que tinha medo, não dando detalhes.
A menina do cachorrinho deve ter sido o fantasma que mais me deu medo na vida, mais que o do 511, pois ela era totalmente materializada, eu só sabia que era um espírito porque sentia que estava diante de algo sobrenatural, e por mais um motivo que você vai entender.
Em 1998, como morávamos próximos do apartamento da minha avó, mesmo condomínio mas diferentes blocos, era só atravessar pela “área de serviço” que dividia os blocos. Esta área de serviço tinha um pátio que vivia fechado o tempo todo com grades brancas.
Então um dia eu estava passando sozinho para visitar a avó e a área estava toda vazia, quando não sei de onde saiu uma menina com um braço engessado (como quebrado) e um cachorrinho na coleira. Ela era totalmente fantasmagórica e o sentimento era de sofrimento indescritível.
Ela vestia uma roupa típica dos anos 90, camisa preta e saia (não me lembro se rosa claro ou branca), o sentimento de vê-la era muito assustador, e eu saí correndo de medo, o coração quase saindo pela boca (e não era por atração).
Poderia ter sido algo normal e coisa de criança, nada de fantasma, isso se eu não tivesse visto a menina com a mesma aparência (ela não crescia), mesma roupa, o mesmo braço engessado, o mesmo cachorrinho na mesma coleira também em 1999 e 2000, fazendo o mesmo trajeto entre os blocos, por mais umas duas ou três vezes.
Hoje suspeito de que aquela menina, mesmo totalmente materializada, não era um espírito, e sim um fantasma de memória. Ela fazia o mesmo percurso e parecia apenas uma “impressão” de dor e abuso materializada. Era realmente muito assustadora, mas não interagia nem tentava de fato me assustar ou comunicar, parecia alheia a todo o resto do mundo.

É preciso dizer que quando uma pessoa vê, com os olhos físicos, um fantasma, existe uma interação “forçada”.
Quando um ser consegue se materializar para alguém, de forma a se fazer visível aos olhos, ele está cruzando um limiar, a chamada zona crepuscular entre os mundos, e está invadindo um sentido físico de uma pessoa encarnada (a visão).
O que acontece é uma interação forçada (já que quem vê não concordou com isso), onde o espírito recebe imediatamente a emoção do expectador, e quem vê percebe imediatamente a energia do espírito, capta seu campo magnético.
Existem consequências para ambos, para quem viu e fica impressionado (hoje eu já não ficaria mais) mas também para o espírito visto. Ele cometeu um “infração” à natureza e vai ter que se haver, ou “pagar” de alguma forma, os muitos guardiões destes portais da zona crepuscular.
Por isso que muitas vezes espíritos que se mostram com frequência podem ser poderosas entidades malignas, os kako daimonos como chamavam os gregos. Eles tem “crédito” energético para gastar.
Podem ser também espíritos de imenso potencial energético devido à forma como partiram ou o que não conseguem deixar para trás, e por isso também tem “moedas” energéticas para gastar, mas isso é realmente a minoria. A imensa maioria dos espíritos simplesmente NÃO PODE aparecer.
Há também os espíritos que trabalham dentro de egrégoras de ensinamento, mediante o culto de algum deus ou dentro de uma religião, e estes também costumam ter “moedas” energéticas o suficiente até para se materializar como eram frequentemente feito no espiritismo brasileiro.
Já fantasmas sem espírito dependem da percepção das pessoas encarnadas, não recebem de imediato qualquer tipo de “choque”, ao contrário, são alimentados pelo medo e a expectativa das pessoas encarnadas, mas podem ser facilmente ignorados e deixar de existir tão logo o desprezo, o “comum” e coisas mais importantes acontecem no ambiente, ou mediante uma limpeza energética.
Trabalhando Com Fantasmas
Existem também diversas formas de se trabalhar com fantasmas, sejam eles conscientes ou não, mas NÃO SÃO PARA TODOS.
Fantasmas trazem energia Yin, carecem de energia Yang, de acordo com a espiritualidade oriental. Esta energia fria pode facilmente obscurecer pessoas com falta de energia Yang, o que pode ocorrer com qualquer pessoa de qualquer tipo mesmo que momentaneamente.
A interação do que carece de determinada energia para com quem tem determinado tipo de energia (Yang é energia limite, criadora) é quase sempre prejudicial a menos que exista um polo Yin muito forte e acolhedor na pessoa encarnada, ou um excesso de energia Yang que seja justamente equilibrada no trato com a zona crepuscular ou o caminho dos trevas.
Na dúvida não mexa com fantasmas, a menos que sejam os seus. A forma de descobrir se você tem mão para mexer com fantasmas e necromancia (a arte de utilizar fantasmas conscientes ou não e suas partes na magia) é fazendo uma consulta (como a minha) e recebendo instrução sobre isso, desde os significados básicos deste trabalho até por onde começar. Ou simplesmente metendo a mão na massa bancando as consequências.
Na Tailândia os mestres usam um sistema próprio para definir o tipo de espiritualidade da pessoa, que pode ter base no rosto e na aura da pessoa, ou nas linhas das mãos ou até mesmo na data de nascimento.
Na minha consulta akashica eu utilizo os três métodos, por isso antes do encontro online onde vamos revelar coisas da sua espiritualidade e sua vida, eu peço foto recente de rosto, das mãos e a data de nascimento.
De todos os meus clientes de consultoria até agora neste ano, apenas três tinham a mão para a necromancia e este caminho mais obscuro de lidar, encaminhar e utilizar fantasmas. Não é brincadeira e tem que ser levado à sério sob risco de se mexer com coisas que não vai conseguir lidar depois.
Eu de fato não tive muita opção, e os fantasmas já apareciam na minha vida sem qualquer permissão ou preparação de minha parte. Só fui fazer meu Desenvolvimento Mediúnico num imenso templo espírita do Rio de Janeiro quando fui reconhecido como medium ao passar pela corrente, já com quase 19 anos.
Se este for o seu caso, então sim, você tem a mão para a necromancia sem nem precisar de confirmação, mas infelizmente (para mim) esta é uma condição rara e que ainda provoca espanto e desconfiança na imensa maioria das pessoas.

As formas de trabalho com fantasmas são:
Encaminhamento de almas
Um trabalho de misericórdia e gerador de méritos, mas também muitas vezes uma função mediúnica. O excesso de energia geradora em um médium pode fazer ele enlouquecer, se tornar exagerado ou paranóico quando não desenvolvido e trabalhado.
Esta energia criadora ao ser utilizada por espíritos amigos para criação de coisas astrais, e até mesmo novos corpos para os que se deformaram, é reequilibrada, e isso resulta também em benefício ao medium.
Não deve ser forçado nem oferecido este trabalho. Ele geralmente é assistido por algum tipo de espiritualidade, e serve para ambos os caminhos, de mão esquerda e direita, é benéfico porém muito perigoso. Não tente sem se desenvolver mediunicamente e ter o excesso de energia ectoplásmica essencial para isto.
Utilização de Eguns
Eguns é como chamamos no Brasil (uma palavra de origem africana) os espíritos fantasmas. Estas consciências precisam se alimentar, receber energia, e se beneficiam imensamente do culto e atenção dos encarnados.
A utilização de Eguns é o cerne da necromancia tailandesa da qual sou praticante iniciado há anos. Na linguagem tailandesa chama-se estes espíritos fantasmas de Phi.
Existe uma hierarquia de forças, e os espíritos mais fortes são chamados de Phi Tai Hong, geralmente por terem uma energia yin muito forte, a maioria por ter morrido trágica ou repentinamente.
É o caso da minha Xiao Lu, uma bela mocinha que me acompanha, que foi vitimada na grande tsunami que devastou a Tailândia há anos atrás. A história da Xiao Lu é também interessante.
Eu sonhei por vários dias com um rapaz que me pedia para buscar a irmã dele, e me mostrava as fotos dela, uma moça muito bonita, mas como não me projeto conscientemente, eu só conseguia ter outros sonhos com um corpo embaixo dágua, submerso.
Falei com o mestre necromante tailandês que só levou a sério quando eu desenhei ela, mais por canalização do que por memória, e ele reconheceu, e eu recebi o talismã e as coisas da Xiao Lu (não sem dar uma quantia considerável por isso).
Xiao Lu hoje é um espírito livre, eu já sonhei com ela outras vezes, já com o corpo reconstituído e muito bonita, andando de bicicleta e indo para uma “universidade”.
Existem também espíritos especiais, como de mulheres que morreram grávidas, e são chamados de Phi Tai Ton Glom na Tailândia, estes são espíritos “duplos”, e como morreram gerando vida, eles costumam ter acesso mais fácil ao plano material, e por isso causam mudança mais rapidamente.
Na visão Tailandesa, a necromancia é um ato que poucos podem fazer, mas de muita nobreza. O trato com os espíritos exige uma espiritualidade que pode ser libertadora ou aprisionadora, dependendo do espírito e do seu receptor, e a egrégora em que o espírito será inserido.
É uma oportunidade para o espírito evoluir junto com o seu “mestre” ou cultuador. O caminho deste espírito fica dependente da egrégora e da evolução do tal mestre, e por isso exige consciência e responsabilidade. Esta é a visão Tailandesa da coisa.
Já na China se tem muito medo de fantasmas (menos quem trabalha com a magia tailandesa, que é um número considerável de pessoas), e por isso geralmente se levam oferendas aos templos em nome dos seres que devem ser encaminhados.

É por isso que os templos chineses dentro da China Continental, que são poucos (os que tem mesmo alguma espiritualidade), vivem abarrotados de espíritos sofredores pedindo passagem e ajuda, e uma visita a estes templos pode ser bastante custosa energeticamente para pessoas sensíveis.
Já no Japão, com menos população e mais templos, mas também mais práticas de encaminhamento e espiritualidade, esta sensação costuma ser mais leve e os templos costumam ser mais propícios à meditação e conexão com deidades.
No Brasil existem muitas e muitas egrégoras de encaminhamento, de diversas formas diferentes e sob diversos símbolos, até mesmo orientais, e pelo que eu conheço, seres de outros lugares podem ir parar no Brasil para serem encaminhados. O Brasil espiritualmente é uma potência mundial (pasme).
Muitas igrejas católicas também servem de espaços de encaminhamento, principalmente na parte do velário, e existem várias magias que são feitas ali. Eu mesmo já fiz e NÃO RECOMENDO.
Mais uma vez, o trabalho com espíritos é algo que não deve ser feito a não ser que você faça parte de uma minoria seleta, e mesmo assim vai se dar mal vez ou outra, como me aconteceu no caso do trabalho que citei no parágrafo acima e em outros também.
Mexer com necromancia não faz de um mago melhor que o outro, apenas demonstra características diferentes da maioria, mas presentes na humanidade desde antes de começarmos a contar a história deste mundo.
Se Protegendo
Na proteção contra fantasmas o medo é a porta de entrada. Rituais de blindagem, estado vibracional, banhos de ervas ou até o simples ato de ignorar e rir já desmontam um fantasma “eco”.
Fantasmas teoricamente não teriam força própria no nosso mundo material, vivem do que você dá a eles (atenção, energia, emoção), o que é frequente, especialmente na nossa mente que interage com o inconsciente coletivo e a psicosfera, e por isso fantasmas são tão influentes em nosso mundo.
Vou explicar um pouco das proteções citadas para que você se conscientize delas:
Rituais de blindagem – Círculos mágickos de proteção, até ritual menor do pentagrama, ou comandos de proteção como este: “Eu Sou O Círculo Mágicko de Proteção Ao Meu Redor Que é Invencível. Repele Todo Elemento Perturbador e Todo Perigo que Tentar Penetrar Para Me Prejudicar. Eu Sou a Perfeição em Meu Mundo que é Auto Sustentada”.
Estado Vibracional – De longe a melhor proteção, o método mais refinado e o único que funciona contra espíritos que tem ligação conosco e por isso permissão de agir na nossa energia. Eu ensino esta técnica gratuita e detalhadamente neste vídeo!
Banhos de Ervas – Um banho de manjericão pode fazer milagres contra miasmas e cascas astrais. Mais ainda um de Alecrim, ou de folha de Jurema, e o meu preferido de todos o banho de Louros, que é vitória sobre inimigos e coisas ruins, transmutação do passado, a erva de Baaelzebuth.
Ignorar, rir, não alimentar – O riso, principalmente a gargalhada, é uma quebra de energia yin, uma descarga energética de criação (yang) e justo por isso tem a capacidade de banimento. É o triunfo do físico e do mundado, do agora, em relação ao etéreo, imaginado e abstrato. Não dar força para um fantasma o enfraquece de imediato.
Vale lembrar, no entanto, que o espiritismo tem um ensinamento muito correto (entre outros sobre espíritos): como vivemos em interação mental com a psicosfera e planos astrais sobre o nosso, vivemos em constante estado de influência de seres espirituais.
Não existe nenhum círculo mágicko ou exercício astral que corte esta interação contínua, e o único jeito de realmente se defender é aprender a reconhecer assédios e influências mentais sobre nós conscientemente. Nenhum método de “blindagem espiritual” realmente nos isola do universo por muito tempo.
Conclusão
Fantasmas não são apenas figuras que assustam — são espelhos. Eles refletem nossos medos, nossas culpas e até os laços que não conseguimos soltar. Alguns são só ecos, outros são consciências que ainda vagam, mas todos nos lembram que viver também é aprender a deixar ir.
No Festival dos Fantasmas, os portais se abrem e o invisível atravessa. Cabe a cada um de nós escolher: alimentar as sombras com medo, ou honrar os mortos com respeito e seguir com mais leveza. Porque no fim, o maior fantasma é aquele que carregamos dentro de nós.
Para mais instruções nos segue no Instagram, curte comenta e compartilha, é uma vergonha que pessoas que falam coisas do tipo “cole isso na testa e atraia riqueza” tenham dez vezes mais seguidores do que alguém que tem muita instrução para oferecer.
Isso acontece porque num mundo de algorítmos ganha mais quem chama atenção e não quem acrescenta valor. E tudo bem também, faz parte.
Vamos mudar isso, compartilhe o Mente Magicka e coloque nossa página nos favoritos, assim você não vai depender do algoritmo da atenção para receber outros conteúdos ainda melhores do que este.
Nos vemos lá,
Fiat Lux.
Em resumo, seu artigo é esclarecedor e quebrou mais uns dogmas deixados pelo cristianismo. Quanto ao número 511, não é 7?você colocou 9, não entendi a soma. Suas histórias dão vida, na exemplificação, cara eu não vejo nada, mas minha filha recebia visita dos avós, e parentes mortos, via tudo, agora parou.
Excelente! Isso não foi uma aula, mas um curso completo. Gratidão imensa por compartilhar tanto conhecimento e experiências valiosas adquiridas ao longo da sua preciosa jornada.